quarta-feira, 28 de maio de 2008

Censo da Produção e do Consumo

A propósito da nota abaixo, em que falamos da necessidade de uma política pública para as bebidas alcoólicas no Brasil, é importante considerar que o mundo caminha para um cenário de progressivas restrições à propaganda, à fabricação e ao consumo de bebidas alcoólicas, da mesma maneira que ocorreu com o tabaco. Da mesma forma que o Ministério da Saúde, os produtores de cachaça de alambique e os consumidores que sempre lidaram com a bebida de forma responsável, têm demonstrado que concordam que a bebida alcoólica não é um produto qualquer e que medidas de defesa social devem ser tomadas. A situação atual prejudica a todos. Não concordamos com o "proibicionismo", por entender que mais prejudica do que favorece a sociedade, mas defendemos o controle social da indústria de bebidas alcoólicas, traduzido, prioritariamente, no monitoramento mais preciso possível da produção e consumo, base científica de qualquer medida relativa ao setor.
A Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (FENACA) tem reiterado a necessidade de "um amplo e minucioso censo da produção e consumo de bebidas alcoólicas". Trata-se de uma medida de médio prazo, uma vez que, dada a sua complexidade, necessita do desenvolvimento de metodologias específicas. Mas plenamente realizável e que, em alguma hora, tem que começar. E, voltamos a afirmar, a iniciativa cabe ao Governo, através de seus orgãos competentes.

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