terça-feira, 13 de maio de 2008

Cachaça de alambique e cachaça de coluna



Grupo de pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), liderados pelos professores Dr. Douglas Wagner Franco e Dr. Roni Vicente Reche divulgou recentemente resultado de pesquisa realizada naquela unidade que demonstra de forma inequívoca a possibilidade de diferenciação em laboratório dos dois tipos de produtos existentes no mercado brasileiro, a cachaça de alambique e a aguardente industrial, também conhecida como cachaça de coluna. O grupo de pesquisadores sugere que os órgãos competentes incluam nas especificações legais de cada produto o perfil físico-químico ampliado no que diz respeito aos componentes que podem e devem ser mensurados nas análises a serem executadas pelos laboratórios de todo o país. O trabalho já foi publicado em revista científica reconhecida internacionalmente e o grupo solicitou patente sobre o processo desenvolvido.
Transcrevemos a seguir parte da conclusão dos pesquisadores:

“Existe um desejo manifesto dos produtores de cachaça artesanal em diferenciar seus produtos das ditas industriais. Este certamente é um item da tipificação da cachaça e que até o presente momento carecia de um
embasamente técnico para o seu controle e a inclusão no rótulo da bebida.
Considerando que os compostos: benzaldeído, formaldeído,
propionaldeído e acetaldeído (expressos como acetaldeído), isobutanol,
5-HMF, ácido acético, cobre e carbamato de etila são controlados pela
Legislação Brasileira, a adição de apenas dimetilsulfeto e butanol aos itens
já controlados e seu tratamento pela metodologia descrita neste estudo irá
atender a esta reivindicação dos produtores”.


Caso haja interesse em conhecer todo o conteúdo do trabalho dos professores, envie uma solicitação para: cmc@clubemineirodacachaca.com.br

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