sexta-feira, 25 de abril de 2008

Absolut, Pernod Ricard e concentração

Pode-se dizer que a principal característica do mercado mundial de bebidas é a concentração. Um bom exemplo disso é a atuação da francesa Pernod Ricard, que acaba de adquirir a segunda marca de vodca mais vendida no mundo, a Absolut. Em termos de vendas, a Absolut (10 milhões de caixas/ano) só perde para a Smirnoff, que vende cerca de 23 milhões de caixas/ano. A Absolut foi adquirida por 5,6 bilhões de euros, ou 15 bilhões de reais.
Observa-se que o mercado mundial de bebidas é mais concentrado do que o do petróleo. 6 ou 7 empresas detêm cerca de 80% de tudo o que se produz e se comercializa em matéria de álcool potável. A Pernod Ricard, por exemplo, tirando fora o mercado dos EUA (de longe, os maiores consumidores), é a maior do mundo. Detém 15 marcas mundiais de whisky, é dona da Orloff, Wiborowa e agora da Absolut. Ainda em se tratando de vodca, é responsável pela distribuição da também tradicional Stolichnaya (que já está na mira para ser adquirida). Em termos de rum, é dona do Montilla, do Malibu e do Havana Club (foi a Pernod Ricard que andou contestando a propriedade da marca Havana, de Salinas).
No que diz respeito ao brandy, é dona - nada menos – do Macieira, do Domeq e do Fundador. A Pernod Ricard também se dá bem no licor (Pernod Ricard, Soho, Kahlua e Tia Maria), no gim (Beefeater), na cachaça (Janeiro e São Francisco), no vinho (Alamaden, Casillero del Diablo e Jacob´s Creek – o mais tradicional da Austrália), no Cognac ( Martell e Courvoisier) e no Bourbon (Jim Beam e Marker´s Mark).
Vende, anualmente, 78 milhões de caixas de destilados e 24 milhões de caixas de vinhos. Faturou de julho de 2006 a julho de 2007 6,5 bilhões de euros.
A Pernod Ricard só perde em faturamento para a Diageo.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Governo muda lei que proíbe venda de bebidas nas rodovias federais

O governo federal, através dos ministros das Relações Institucionais e Gabinete de Segurança Institucional e dos líderes dos partidos aliados na Câmara decidiu "abrandar" a Medida Provisória que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nas estradas federais. A proibição valerá apenas para as áreas rurais, ficando de fora o perímetro urbano. Em contrapartida, o governo decidiu pelo aumento no rigor nas penas para o motorista que dirigir após ingestão de bebida alcoólica.
A MP, na prática, já havia perdido força com a série de liminares na justiça contra a proibição, em todo o território nacional.
Segundo o líder do PT na Câmara, Maurício Rands (PE), o relatório que será votado hoje ficará mais rigoroso, porque não aceitará qualquer grau de ingestão. "O teor terá que ser zero. Bebeu, não pode dirigir", afirmou Rands. O motorista que for flagrado com o índice até 0,6% ficará sujeito a multas. De 0,6% em diante, além da multa, ele pode ser enquadrado no novo tipo penal a ser criado.
"O foco passou a ser menos no comércio de bebidas alcoólicas e mais na punição de quem bebe e dirige", afirmou. Segundo Rands, pesou na decisão de mudar o relatório final da medida provisória o argumento de que a proibição total de venda nas estradas federais levaria à demissão de muitos empregados de estabelecimentos comerciais localizados nas rodovias.




» anterior

terça-feira, 22 de abril de 2008

Universidade utiliza cegos em análise sensorial

Um projeto que visa melhorar a qualidade do vinho está sendo testado na Espanha, pela Universidade de La Rioja. O projeto prevê a substituição dos provadores tradicionais por deficientes visuais que, segundo o professor de Enologia Gonzalo Gonzalo, conseguem detectar problemas de aroma e paladar mais cedo do que máquinas, o que permitiria que as imperfeições do vinho seja corrigidas antes, melhorando o resultado final.
O método foi descoberto por acaso nos laboratórios da universidade, quando um professor convidou um amigo cego para um teste de vinhos. Os pesquisadores notaram, então, que o cego definia os picos de intensidade de aroma de cada vinho antes e com mais detalhe do que os processadores convencionais.
Atualmente, duas turmas de cegos participam dos processos de avaliação das características do vinho.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Impulso tecnológico

Entidades se reúnem para criar um centro de pronto atendimento ao produtor

A Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade (AMPAQ), a Fundação
Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), a Federação Nacional das Associações dos
Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca) e a Cooperativa Central dos Produtores
de Cachaça de Minas Gerais (Coocen-MG) assinaram, no dia 15 de abril, convênio de
cooperação técnica que objetiva a atuação conjunta na idealização e execução de uma
proposta de integração das várias instituições de ensino e pesquisa que atuam na
área da cachaça.
A finalidade é criar uma Rede de Apoio Tecnológico (Redat) que atuará como núcleo de
convergência, de conexão dos conhecimentos e estudos realizados e desenvolvidos nas
várias instituições de pesquisa e ensino no País e disponibilizá-los, de forma
democrática, a todo o segmento da cachaça. A Rede atuará na busca das soluções
tecnológicas para o setor, além de oferecer uma assistência aos produtores de
cachaça de alambique no entendimento e incorporações de tecnologias para a melhoria
de seus produtos e na inovação tecnológica de seus processos.
A proposta prevê também atuação na área de recursos humanos, na qualificação de
profissionais especializados, tanto para área de produção quanto mercadológica, além
de auxiliar em infra-estrutura física e na promoção e divulgação da bebida nos
diversos eventos.

Na prática, a pretensão das entidades signatárias do convênio é que a Rede atue como
centro de pronto atendimento e suporte aos produtores de cachaça de alambique. Para
o presidente da Fenaca, Murílo Albernaz, a idéia é cobrir uma lacuna hoje existente
no mercado, da falta de suporte e orientação técnica ao produtor da cachaça de
alambique. “Esperamos que em um curto espaço de tempo possamos atender produtores de
todo território nacional”, diz Murilo.

O Convênio entra em vigor a partir da publicação no Diário oficial do Estado de
Minas Gerais, previsto para os próximos dias, e já pode ser utilizado pelo setor da
cachaça como um todo, que deverá apresentar suas demandas através das associações
conveniadas à Fenaca, à Coocen/MG e à AMPAQ.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cachaça e álcool

A Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, desenvolveu uma micro-destilaria de etanol que pode servir - e muito - para os pequenos produtores de cachaça de alambique. Pequenos produtores da região já estão produzindo o álcool combustível para consumo próprio.

A cachaça de alambique de qualidade utiliza apenas o "coração" da destilação.
O início (10% + ou -) e o fim da destilação (10% + ou -), conhecidos como cabeça e cauda da cachaça, não servem como bebida. Contêm álcoois nocivos à saúde e devem ser descartados. E o que não teria valor comercial pode ser reaproveitado como álcool combustível.

A cauda e a cabeça da cachaça são bombeadas para um equipamento chamado coluna de retificação. A produção diária é de 70 litros de etanol. O produto pode, por exemplo, abastecer os carros da propriedade.

O preço da coluna de retificação varia de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Os interessados podem ter informações pelo telefone (31) 389918 99 ou pelo e-mail juarez@ufv.br.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Cachaça no Acre

Cachaça

Por Alceu Ranzi

O Brasil tem séculos de tradição em produzir cachaça a partir da cana de açúcar. É um dos destilados mais consumidos no mundo

A cachaça foi designada bebida brasileira pelo Decreto nº 4.062, de 21 de dezembro de 2001, assinado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. O nome “cachaça” está registrado internacionalmente como indicativo do produto de nosso país. “A cachaça é nossa!”. Cachaça é do Brasil! O mesmo se aplica ao champagne. Só pode receber o nome de champagne o “vinho espumante” produzido na região de Champagne, na França.

Em nosso país está em andamento o Programa de Melhoria da Qualidade da Cachaça, com a parceria do Sebrae. Visa incentivar os pequenos produtores a melhorarem o seu produto. O Programa “apóia a busca de financiamento, oferece assessoria técnica e tecnológica, incentiva à preservação ambiental e fomenta o turismo rural”.

A cachaça é produzida em quase todos os estados brasileiros - é a segunda bebida mais consumida no País, atrás apenas da cerveja. “Estima-se que existam mais de cinco mil marcas, incluídas as dos pequenos alambiques, fabricadas por cerca de 30 mil produtores”. Todos os anos são exportados milhões de litros. Além dos consumidores brasileiros, a cachaça é apreciada em vários países do mundo.

Cana de açúcar no Acre é sinônimo de caldo de cana. Tanto nas cidades, como ao longo das rodovias vemos placas de “caldo de cana”. Porém no Acre existe também a tradição de produção de rapadura, açúcar gramixó, alfinin e mel de cana. Isto revela a origem nordestina de nosso povo. Com um pouco de incentivo os produtores do Acre poderiam produzir cachaça branquinha da boa, pois no nordeste brasileiro, nos alambiques ou “engenhos de cana”, cachaça também é produzida no “sítio”.

Digo tudo isto para lembrar que talvez o Acre seja um dos poucos estados brasileiros que não produz cachaça. Embora uma tradição brasileira de mais de 300 anos, não tenho informação de que se produza cachaça no Acre. Quase toda a cachaça consumida no Acre, provém de destilarias de São Paulo. Não deixa de ser uma transferência de recursos para o estado mais rico da federação. Os mesmos recursos poderiam irrigar o sistema produtivo acreano.

E o pior, nos altos rios, no interiorzão do Acre, ao invés de cachaça consome-se o “tampa azul”. Uma tragédia.....um caso de saúde pública. Tampa azul é a denominação dada ao álcool industrial. As festas “no seringal” são movidas a “tampa azul” com leite condensado ou puro. Uma tristeza. Se os moradores de seringal apreciam “o tampa azul” é por uma questão de hábito, preço ou pela falta de uma boa cachaça artesanal de alambique.

O Governo do Acre, em parceria com outros órgãos, poderia aproveitar o momento do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade da Cachaça, para incentivar a instalação de pequenas unidades produtoras de “caninha” no Acre. Seria mais uma forma de aumentar a renda dos nossos agricultores.

Não estou fazendo a apologia do consumo de álcool ou de cachaça. Nem sou um “expert” no assunto. Mas alguém sabe qual o consumo de cachaça no Acre? Esta mesma cachaça poderia ser produzida nos locais de consumo, gerando impostos, emprego, renda e evitando o custo de transporte desde o sul do País.

E qual o consumo de álcool no Acre? Nem todo o álcool vai para hospitais, casas de saúde ou para serviços de limpeza. Parte do álcool adquirido pelos atacadistas do Acre é revendido para consumo em substituição da cachaça.

Vai aí uma “branquinha” acreana? Ou ainda estamos na “cocal” ou uma “tampa azul”?

(Artigo publicado originalmente na edição de 31/10 a 06/11/2004 do Jornal 'O Estado')

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Uísque popular

Uísque 12 anos, vinho chileno e Prosecco. Com estes produtos, as Centrais Sindicais comemoraram em Brasília, no último dia 09, junto com os parlamentares, a aprovação do projeto que destina 10% dos recursos arrecadados com a contribuição sindical às Centrais. Foram 1.500 copos e taças, em concorrido coquetel. Das duas, uma: ou a cachaça já não é mais popular ou as Centrais Sindicais já não são tão populares assim!

Vinhos e pesticidas

Uma organização ambientalista européia, a Pesticide Action Netword Europe (que reúne 600 ONGs e instituições em 60 países), analisou 40 garrafas de vinho, 34 convencionais e seis orgânicos. Suas origens eram variadas: França (13 amostras), Itália (3) Portugal (1), Áustria (10), Austrália (1), Alemanha (10) África do Sul (1) e Chile (1).Chegou a conclusão que os vinhos podem estar contaminados com pesticidas perigosos, em níveis 5.800 vezes mais altos do que o permitido em água engarrafada.
De acordo com a sommelier Sonia Melier, da Tribuna da Imprensa, "nos 34 convencionais encontraram 24 pesticidas classificados como cancerígenos, mutagênicos (capazes de promover alterações genéticas), reprotóxicos (danificam fetos e impedem a reprodução) e desintegradores do sistema endócrino. Dos seis vinhos orgânicos testados, apenas um continha traços de pesticidas, provavelmente contaminado por plantações vizinhas. Preço e fama dos vinhos não fizeram diferença. A análise incluiu três Crus Classées de Pessac-Léognan e de Saint Estèphe, preços ao redor de 200 euros, cada um com até cinco resíduos de pesticidas cancerígenos".

"Os técnicos do Pan Europe constatam que muitos agricultores abandonam métodos tradicionais de controle de pestes em favor de perigosos pesticidas sintéticos, uma tendência que resulta em impacto direto na qualidade dos vinhos, na saúde dos consumidores e dos agricultores que os aplicam", ressalta Sonia.

As uvas estão entre os alimentos mais contaminados à venda na Europa, pois recebem uma dose maior desses pesticidas do que qualquer outro alimento. Os vinhedos europeus representam apenas 3,5% da área agrícola total, mas usam 15% de todos os pesticidas sintéticos.

Mais de 26 bilhões de litros serão consumidos até 2010. Pesquisa recente da Global Industry Analysts, Inc., atribui a explosão de consumo à boa imagem do vinho para a saúde.

"A mídia não cansa de tratar a bebida como uma fonte da juventude: com ela, vivemos até os cem, prevenimos câncer, Alzheimer, coração etc. Mas talvez nós consumidores não cheguemos muito longe com o vinho que andamos bebendo", alerta a sommelier.

COMENTÁRIO

Posso estar errado, mas parece que o artigo não tem base nenhuma de
sustentação. Se o fato fosse real, já teria sido noticiado
anteriormente em outras mídias.

Também não acredito que os orgãos de controle dos vinhos nos paises
citados ainda não tivessem detetado o fato e sanado o problema.

Comentários deste tipo já foram divulgados na internet e
posteriormaente desmentidos ( por exemplo sobre a coca-cola ).

Para estes tipos de notícias o Clube deveria aprofundar um pouco mais
nas informações ( internet, etc. ) antes simplesmente repassar.

Espero que esta crítica seja entendida como construtiva e fica a
sugestão de tornar este site um local de troca de idéias sobre cachaça
( caso ainda não seja ).

Paulo Sergio

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Blogblogs

BlogBlogs.Com.Br

Deu no N.Y. Times

'Sedução da cachaça' se espalha pelos EUA, diz 'New York Times'

Maioria nos EUA só experimentou a bebida em caipirinha, diz o jornal
O gosto pela cachaça vem se espalhando pelos Estados Unidos, afirma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário americano The New York Times.
Segundo o jornal, as importações do produto brasileiro cresceram de menos de 100 mil litros em 1998 para 213 mil litros em 2002 e 647 mil litros em 2007.
A reportagem observa que as duas marcas que dominam o mercado, Pitú e 51, são produzidas em escala industrial e comercializadas nos Estados Unidos por até cinco vezes seu preço de venda no Brasil, “onde elas custam pouco mais do que uma garrafa de água e são pouco respeitadas”.
O texto, que traz uma orientação sobre como pronunciar o nome da bebida (ka-SHA-sas), comenta que os americanos que já experimentaram o aguardente provavelmente o fizeram como parte de uma capirinha (kye-peer-EEN-yahs, orienta o jornal).
Cachaças artesanais
Mas o NYT comenta que há um crescente interesse nos Estados Unidos por cachaças artesanais, envelhecidas em tonéis de madeira.
“As cachaças envelhecidas, que normalmente passam ao menos um ano em tonéis de madeira, representam ainda apenas uma pequena fração do mercado total de cachaça nos Estados Unidos”, diz o jornal. “Mas a demanda está crescendo.”
A reportagem comenta que mesmo no Brasil o gosto pela cachaça como bebida fina também é uma novidade. “Apesar de a cachaça existir desde o século 16, somente na última década que as marcas mais finas se tornaram populares”, diz o texto.
Antônio Rocha, produtor da cachaça Rochinha, no Estado do Rio de Janeiro, comenta ao jornal que “até os anos 1990, a cachaça não tinha nenhum valor”. “As cachaças que vendiam bem eram as anunciadas; as de qualidade não eram anunciadas e dependiam só do boca-a-boca”, diz.
Para um importador citado pela reportagem, o mercado da cachaça “ainda está em sua infância”. “O que a cachaça pode mostrar ao mundo é uma variedade de sabores que não está disponível em nenhum outro aguardente”, diz o importador.(Fonte: BBC Brasil)

Um video do NYTimes que complementa a matéria acima. Após as notícias da guerra, tá lá a cachaça de alambique:
http://video.on.nytimes.com/?fr_story=a72fea557a62ed8b3a19a7c84ee0e4678d7962

terça-feira, 8 de abril de 2008

História de amar o Brasil

"Personagem-síntese do Brasil profundo". Assim o jornalista Aluízio Falcão define Rolando Boldrim, este cativante músico e contador de causos que acostumamos acompanhar pela TV e que acaba de lançar o livro "História de Amar o Brasil". São 50 anos de carreira, contados pelo próprio Boldrim e através de depoimentos de artistas e colegas, além de muitas fotografias.
Nascido em São Joaquim da Barra (SP) em 1936, desde cedo Boldrin lidava com a viola, o que despertou a vontade da carreira artística - menino, se destacava na dupla Boy e Formiga, formada com o irmão. Em 1958, aos 22 anos, começava no primeiro trabalho de artista: figurante de teleteatros na TV Tupi.
Daí em diante,não parou mais, com centenas de atuações em rádio, teleteatro, novela, teatro e cinema. Compositor,fez shows até realizar o seu grande sonho: estrear em 1981 o programa Som Brasil (TV Globo), sucesso de audiência. Depois de passar pela Bandeirantes e SBT, Rolando Boldrin conduz atualmente, às terças, na TV Cultura o programa Sr. Brasil.
História de Amar o Brasil (144 págs., R$ 60), produção independente.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Bebidas e impostos

Estudo do Centro de Pesquisa de Prevenção dos Estados Unidos, publicado pela revista especializada Alcoholism, aplicou modelos matemáticos sobre a relação entre preços, tipos e vendas de bebidas alcoólicas na Suécia entre 1984 e 1994 e concluiu que aumentos nos preços não diminuem necessariamente o consumo.
A conclusão dos pesquisadores foi que os consumidores tendem a reagir a variações de preço comprando marcas de bebidas mais baratas.
Isso significa, de acordo com os pesquisadores, que para um aumento de preços de bebida se refletir na diminuição total do consumo de álcool, os tipos mais baratos de bebida também têm que ser atingidos.
No Brasil, a campanha pelo aumento dos impostos sobre as bebidas alcoólicas tem ganhado corpo. Uma das propostas prevê o aumento dos impostos sobre a escala de produção: quem produz mais, paga mais.

Campanha na internet

Uma campanha na internet, com o objetivo de barrar a entrada nos pubs do ministro da Fazenda britânico, Alistair Darling, teve início no último mês de março. O que motivou a campanha foi a decisão do ministro Darling de aumentar os impostos sobre bebidas alcoólicas no novo orçamento. O bar Utopia, localizado na cidade escocesa de Edimburg, é apontado como "fonte inspiradora" da campanha. O ministro Darling é parlamentar pelo distrito sudoeste de Edimburg.

Palestra sobre cachaça

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Thiago Pires, fará palestra na próxima terça-feira, dia 8, sobre cachaça industrial e artesanal (alambique). A palestra acontece no espaço Rio Carioca, na rua Laranjeiras, nº 307, anexo à casas casadas, no Rio.
Thiago Pires é pesquisador e apreciador de Cachaça de Qualidade. Após a palestra, prevista para às 19:30 hs, haverá degustação e sorteio de brindes dos produtos "Bendita". A palestra é patrocinada pelo sítio Furnas.