segunda-feira, 23 de junho de 2008

Festival da Cachaça em Salinas

De 10 a 13 de julho acontece a 7ª edição do Festival Mundial da Cachaça de Salinas, MG. Desta vez a quinta-feira, dia 10, foi reservada para um ciclo de palestras sobre a cana-de-açúcar, a profissionalização das empresas de cachaça e valorização de marcas, entre outros assuntos. O evento atrai, anualmente, cerca de 30 mil pessoas, que se deliciam com as boas marcas da região e de outras localidades.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Dia da Cachaça"

A acolhedora cidade mineira Sul-mineira de São Lourenço inicia hoje, dia 20/06, seu Festival da Cachaça. A exemplo de muitas outras, promove três dias de festividades, com shows, barracas, tira-gostos regionais, mostras de artesanato local. Qualquer dia, toda cidade, do Oiapoque ao Chuí, terá o seu "dia da cachaça". Aí poderemos constatar, com orgulho, que a cachaça foi realmente assumida pelos brasileiros como a sua bebida nacional.

Senado quer mais imposto na bebida e no cigarro

O presidente do Senado, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN)defende a ampliação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) para as bebidas, cigarros e carros de luxo. Para o senador, trata-se de uma alternativa para evitar a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), que incidiria sobre a movimentação financeira. A CSS deverá ser votada no próximo mês.
Já de muito tempo os pequenos produtores de cachaça, que produzem em alambique e em pequena escala, se pronunciam sobre o assunto dos impostos incidentes sobre as bebidas alcoólicas. Não são contra iniciativas como a do ilustre senador Garibaldi Alves. Querem uma política justa para bebidas alcoólicas. Afirmam que entendem a necessidade de se pagar impostos e compreendem, perfeitamente, que, por se tratar de uma "droga legal", a tributação sobre o produto deve atender ao princípio nº 1 da Saúde, que é a redução do consumo global. O que não conseguem entender é o por que o Governo taxa de forma desigual os produtores de cachaça. Não é o caso de se seguir a maioria dos países do mundo e taxar as bebidas alcoólicas pelo teor alcoólico, ou seja, pela quantidade de álcool que os produtores colocam no mercado?
Cerca de 65% dos produtores de cachaça de alambique se enquadram nos critérios da agricultura familiar e estão localizados no semi-árido brasileiro e têm na produção de cachaça a principal fonte de subsistência. Por que o Ministério da Sáude não se pronuncia sobre o assunto?

terça-feira, 17 de junho de 2008

Congresso à vista

Salvador, Bahia, deverá sediar em março de 2009 o II CONBRAC - II Congresso Brasileiro da Cachaça. O evento, que está previsto para ocorrer no Pavilhão de Exposições de Salvador, deverá reunir produtores, cientistas, técnicos, professores, extensionistas e estudantes de todo o Brasil para debater as principais questões que envolvem o “mundo da cachaça”. Além dos principais nomes da pesquisa científica no Brasil, o II CONBRAC anuncia a provável presença de renomados representantes dos principais destilados do mundo, como o uísque, a tequila, o rum e a vodca. A expectativa é de que o II CONBRAC repita o sucesso do I, realizado em julho de 2007, em Belo Horizonte, que reuniu cerca de 500 participantes e contou com a presença de 50 técnicos e cientistas do Brasil e do exterior.

Avanço tecnológico

Usinas de açúcar e álcool e algumas indústrias poderão contar com um modelo mais eficiente e revolucionário de sacarímetro. O equipamento, utilizado para medir o teor de sacarose (açúcar) do caldo de cana, foi desenvolvido por pesquisadores da Tech Chrom, empresa gerada a partir da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp).
O sacarímetro tradicional contém em seu interior peças móveis, como o motor elétrico. No novo modelo, ao contrário, não existem peças que se movimentam internamente. Em vez de lâmpada de filamento, com luz comum, o sacarímetro recém-criado usa laser infravermelho para analisar as amostras de caldo de cana. Outra diferença: o sacarímetro convencional tem um metro de comprimento e pesa 40 quilos. O novo modelo tem 40 centímetros de comprimento e pesa oito quilos.
Nos sacarímetros convencionais, o feixe óptico, como opera com luz comum, não consegue penetrar as amostras de caldo de cana (normalmente escuras) para analisar o teor de sacarose. Por isso, essas amostras, antes de serem analisadas, precisam de clarificação química (processo de remoção da cor e turbidez). Isso, tradicionalmente, era feito com sal de chumbo -- substância tóxica para quem realiza a análise e poluente do solo e lençol freático, hoje proibida por lei. Por outro lado, produtos alternativos, à base de alumínio, são caros e nem sempre apresentam a mesma eficiência.
No sacarímetro da Tech Chrom, a amostra de caldo de cana é atravessada por um feixe de luz laser infravermelho, que torna o caldo é mais transparente, mesmo que pareça mais escuro ao olho humano, que não é sensível ao infravermelho.
A Tech Chrom desenvolveu o projeto do equipamento com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e estímulo inicial de um distribuidor para o setor, além de empregar recursos próprios. O componente óptico, a eletrônica digital, o software e a mecânica (sem partes móveis) foram integralmente desenvolvidos por pesquisadores da empresa. Os componentes para produção seriada são adquiridos no mercado nacional e internacional, e o produto é montado na Tech Chrom.
O equipamento passa, no momento, por testes de aplicação e deverá estar disponível no mercado ainda nesta safra de cana-de-açúcar.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

OAB tenta anular patente da marca "rapadura"

Apesar de genuinamente brasileira e produzida desde os tempos do Brasil Império, os produtores brasileiros de rapadura precisam pagar royaltes a empresa alemã que patentiou marca "rapadura" para poderem usar o nome do doce.
Por conta disso, a OAB (Ordem dos Advogados do Basil) tenta desde 2006 a anulação do registro. Como não houve uma saída diplomática até o momento, será iniciado um caminho judicial. "Não podemos permitir que uma empresa da Alemanha cobre royalties ao Brasil pelo uso do nome rapadura", afirma o advogado Ricardo Barcelar, da OAB-CE.
Como argumento para anulação de patente, serão utilizados argumentos favoráveis as famílias pobres do nordeste que produzem de forma artesanal o doce e tratados internacionais que versam sobre o assunto.
Como se vê, também com a cachaça todo o cuidado é pouco.
(Fonte: Agência Estado)

Aquecimento favorece cultivo da cana no sul

Um estudo que está sendo realizado pela Embrapa e pela Unicamp e que deve ser concluído entre agosto e setembro deste ano, detalha dados sobre a produção de cana-deaçúcar no Brasil. Ainda não existe resposta total sobre o impacto do aquecimento global na agricultura brasileira, mas já é possível afirmar que nem todas as culturas serão prejudicadas.
O projeto conta com 60 doutores e eles estimam que até 2050 a temperatura vai aumentar em 3ºC.
Outro aspecto do estudo é que a cana-de-açúcar será beneficiada. Com o aumento da temperatura o estado de São Paulo vai produzir ainda mais. A ocorrência de geadas também vai ser menor no Sul, o que vai possibilitar o incremento da cultura da cana em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

França valoriza o vinho, Brasil trata mal a cachaça.

O governo francês acaba de apresentar um plano qüinqüenal para a modernização da indústria do vinho, através do qual espera melhorar a competitividade do país no setor, principalmente diante dos produtores do Novo Mundo. Os vinhos franceses agora terão três categorias: a primeira é a nova Vignobles de France (Vinhos da França) em lugar dos Vin de Tables (vinhos de mesa). Nos rótulos, a casta e a safra.
Os produtores poderão utilizar as variadas técnicas adotadas no Novo Mundo: usar lascas de carvalho (mais barato que o barril), adição de taninos e ácido sórbico (um conservante alimentar) a adoçantes (através de um suco concentrado do mosto). Vinhos baratos, mesmo em euros, para que possam agradar aos norte-americanos, em particular.
As outras duas novas categorias são a IGP (Indication Géographique Protégée, Indicação Geográfica Protegida), substituindo os Vin de Pays (vinhos regionais). E a AOP (Appellation d'Origine Protégée), correspondente a atual AOC (Appellation d'Origine Contrôlée). Querem, com isso, em preservar a tradição e, ao mesmo tempo, levar o setor produzir mais e mais competitivamente.
Enquanto isso o governo brasileiro pouco se movimenta no sentido de buscar uma política pública para as bebidas alcoólicas - para o prejuízo dos consumidores e dos pequenos produtores de cachaça de alambique. O pequeno produtor de cachaça continua pagando até 16 vezes mais imposto do que os grandes produtores, não existem números confiáveis sobre a produção e o consumo de bebidas no país, os investimentos em pesquisa estão engatinhando. A bebida nacional brasileira, a cachaça de alambique, com mais de 400 anos de existência, ainda não é reconhecida, de fato, como produto genuinamente brasileiro.

Consumo de álcool pode reduzir artrite

Pesquisa recente realizada por pesquisadores suecos sugere que tomar bebidas alcoólicas regularmente e de forma moderada, reduz em até 50% os riscos de artrite reumatóide.
A equipe, da Universidade de Karolinska, analisou 2.750 voluntários em dois estudos separados.
A artrite reumatóide é uma doença auto-imune caracterizada, principalmente, pela inflamação das articulações.
O coordenador do trabalho, Henrik Kallberg, salientou que uma das descobertas mais importantes foi a de que fumar contribui significativamente para as chances de desenvolver a artrite.
“No entanto, é importante saber que o consumo moderado de álcool não causa danos e, em alguns casos, pode ser benéfico”, disse o pesquisador.
Estudos anteriores já haviam apontado a ligação entre bebidas alcoólicas e redução de outros processos inflamatórios, como doenças cardiovasculares. A razão para isso, no entanto, ainda não é evidente.
Os pesquisadores salientaram que o consumo excessivo de álcool pode acarretar uma outra gama de problemas de saúde.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Annals of the Rheumatic Diseases.

terça-feira, 3 de junho de 2008

FEICA 2008

De 12 a 14 de junho o mundo da cachaça de alambique se encontra no Rio de Janeiro, na II Feira Internacional da Cachaça (FEICA RIO). A FEICA acontece na Cidade do Samba, no coração da zona portuária, e terá, como um dos seus pontos altos, o ciclo de palestras, que começa no dia 12. Mais informações no site www.feica.com.br

Indicações Geográficas

Um dos assuntos amplamente discutidos hoje e motivo de reflexão no âmbito da Cachaça de Alambique, a Indicação Geográfica, passa a contar com mais uma importante fonte de informação. Trata-se do livro “Propriedade Industrial e a Proteção dos Nomes Geográficos - Indicações Geográficas, Indicações de Procedência e Denominações de Origem” do autor Marcos Fabrício Welge Gonçalves, (Ed. Juruá). Transcrevemos abaixo sinopse enviada pelo autor.
As indicações geográficas, como figura do Direito Industrial, servem como meio de estratégia mercadológica na inserção dos produtos no mercado competitivo. A importância das indicações de origem levaram países a se destacar no mercado mundial.
No entanto, para que as nossas indicações de origem cumpram com essa função, de agregar valor ao produto e favorecer a pauta nacional da balança comercial, é essencial reconhecer a qualidade de nossos produtos da mesma forma como são valorizados os produtos europeus.
Neste contexto, para se valer desse importante instrumento de desenvolvimento e para que as indicações de origem alcancem qualificação técnica e jurídica, é necessário que se crie uma legislação específica e adequada. A obra prefaciada pelo Dr. José de Oliveira Ascensão, vem preencher uma lacuna na doutrina brasileira.

CURRÍCULO DO AUTOR

Marcos Fabrício Welge Gonçalves é Mestre em Direito Intelectual pela Faculdade de Direito de Lisboa – Portugal; Especialista em Direito da Propriedade Intelectual pela FGV/RJ; Especialista em Direito da Integração Econômica da União Européia e Mercosul pela Escola de Magistratura Regional Federal da 2ª Região e pela Universidade de Coimbra – Portugal; e membro da Comissão de Estudos de Indicações Geográficas da ABPI.