Estados Unidos, França, África do Sul e Alemanha são principais destinos
A receita das exportações mineiras de cachaça, de janeiro a agosto de 2009, teve aumento de 62%, com vendas de US$ 696 mil. No mesmo período, em 2008, as negociações foram de US$ 429,5 mil. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
De acordo com Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência, os principais destinos das exportações mineiras de cachaça foram Estados Unidos, França, África do Sul e Alemanha. Esses países importaram o equivalente a US$ 432,1 mil, US$ 174,9 mil, US$ 71,5 mil e US$ 17,5 mil, respectivamente, explica.
A participação da cachaça mineira nas exportações brasileiras ocupava a sétima colocação no ranking dos Estados exportadores, com a participação de 4%. Em 2009, o Estado subiu duas posições e ultrapassou o Rio Grande do Sul e o Paraná, respondendo por 7% das exportações brasileiras, que alcançaram US$ 10,5 milhões, considerando a bebida industrial e a artesanal.
Segundo a assessora, os principais Estados exportadores da bebida foram São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará, que responderam juntos por 82% das exportações brasileiras de cachaça.
Industrial x Artesanal
O crescimento da participação mineira no mercado internacional de cachaça pode ser avaliado se compararmos as exportações de Minas com o movimento, no exterior, do maior Estado exportador, São Paulo, ressalta a assessora. Ela destaca que, nos meses de agosto de 2009 e 2008, enquanto as exportações paulistas apresentaram decréscimo de 17%, passando de US$ 640 mil para US$ 532,6 mil, as receitas provenientes das exportações de cachaça mineira aumentaram cerca de 15 vezes, passando de US$ 10,7 mil para US$ 157,4 mil.
Márcia Silva ainda observa que, em agosto de 2008, os Estados Unidos responderam pela aquisição total da cachaça de Minas colocada no mercado externo. Os outros países importadores, principalmente da Europa, não adquiriram a bebida naquele mês porque, em razão da crise mundial, houve retração do mercado. Além disso, os consumidores migraram para outros tipos de bebidas e houve descontinuidade dos contratos de importação, observa a assessora.
São Paulo se destaca na produção de cachaça industrial, em larga escala, utilizando destiladores de coluna, com controles automatizados e apresentando características padronizadas quanto ao perfil e sabor. Em Minas predomina a bebida artesanal, no sistema de produção familiar. Neste caso, a cachaça é, geralmente, destilada em alambiques de cobre, envelhecida em tonéis de madeira e a fermentação ocorre de modo natural.(Fonte: jornal Minas Gerais)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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