Vinho brasileiro conquista consumidor pela curiosidade
Visto com curiosidade, o vinho brasileiro vai ganhando espaço no mercado europeu com a campanha "Abra e se abra. Abra sua cabeça, abra um vinho do Brasil" e já tem na Alemanha seu terceiro maior comprador mundial. Com um saca-rolhas verde e amarelo e uma campanha que convida os consumidores a provar novos sabores sem preconceito, os vinhos brasileiros vão conquistando prateleiras no mercado europeu. A Alemanha, que era o 7º maior comprador do país em 2007, chegou à terceira posição este ano, atrás de Rússia e Estados Unidos.
Dos oito vinhos levados para o concurso da Anuga, sete foram premiados. Foram duas medalhas de prata e cinco de bronze.
Altos investimentos em tecnologia e melhoramentos ao longo dos últimos 15 anos deram aos vinhos brasileiros cerca de 1.800 prêmios internacionais. Em 2008, foram produzidos 350 milhões de litros, dos quais 3,74 milhões de litros foram exportados.
Abra a sua cabeça
"Abra sua cabeça, abra um vinho do Brasil" é o conceito da campanha institucional para o mercado nacional e internacional do Projeto Setorial Wines from Brazil, realizado em parceria entre o Ibravin e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
A ideia é "abrir a cabeça das pessoas para experimentar os vinhos brasileiros, e a experiência comprova que a aceitação é consequência direta da degustação sem preconceito dos produtos", diz o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani.
Crescimento acelerado
O volume exportado para a Alemanha no ano passado foi 120% superior a 2007, chegando a 271,1 mil litros. As exportações brasileiras saltaram dos US$ 248,2 mil em 2007 para US$ 450,9 mil em 2008. Este ano, só no primeiro semestre o volume exportado superou os 150 mil litros e atingiu um faturamento de US$ 186,3 mil. A expectativa, segundo Paviani, é fechar 2009 com 300 mil litros vendidos para a Alemanha.
O Brasil pega carona em uma tendência positiva para o mercado. De acordo com dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), 32% dos vinhos vendidos no mundo são importados. Há dez anos, essa taxa era de apenas 17%. "Como a tendência é de um mercado cada vez mais globalizado, temos que produzir vinhos de padrão internacional para competir até no quintal de casa", destaca Paviani.(FONTE:Deutsche Welle)
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