quinta-feira, 17 de julho de 2008

Análise Sensorial 2

Para os produtores de cachaça de alambique, a análise sensorial em bases científicas irá possibilitar, entre outras coisas, a constatação do aprimoramento constante de seu produto. Para os consumidores, apreciadores da cachaça de qualidade, a criação de um Sistema Brasileiro de Análise Sensorial nos moldes apontados pela FENACA deverá preencher uma lacuna no que diz respeito ao universo de opções da bebida nacional. Também os diversos concursos de marcas, realizados em festivais de cachaça pelo Brasil afora, poderão se beneficiar do Sistema, assim como própria imprensa brasileira, através de suas diversas publicações interessadas no tema “cachaça”, que poderá, a partir daí, dar respaldo científico aos concursos que realiza.

Análise Sensorial 1

A Análise Sensorial para a cachaça de alambique é antiga reivindicação dos produtores de cachaça. A primeira experiência bem sucedida nessa área, circunscrita a Minas Gerais, foi iniciativa da AMPAQ (Associação Mineira dos Produtores de Cachaça de Qualidade), nos anos 90, e que teve como parceiros em sua implantação a EMBRAPA e o CETEC (Centro Tecnológico de Minas Gerais). Agora, com a produção da cachaça de alambique consolidada em todo o país e em vista da necessidade de diferenciação deste produto dos similares existentes no mercado, a Analise Sensorial da Cachaça está de novo na ordem do dia. Por iniciativa da Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (FENACA), com o apoio da AMPAQ e de outras instituições públicas e privadas, está em fase de formatação o Sistema Brasileiro de Análise Sensorial (SBAS – Cachaça de Alambique). O Sistema está sendo formatado tendo por base o conhecimento acumulado em diversas instituições nacionais e experiências bem sucedidas de outros destilados, em outros países. Outras informações podem ser obtidas através do endereço: fenaca@fenaca.org.br

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A rainha e a cachaça

A propósito dos 200 anos do desembarque da família real no Brasil, em 1808, a revista Gula do mês de junho publica um conjunto de matérias sobre a época, as preferências gastronômicas na corte e as contribuições da culinária portuguesa na formação da culinária brasileira. Chama a atenção a matéria sobre dona Carlota Joaquina, esposa de Dom João. A princesa e depois rainha de Portugal, Brasil e Algarves, deixou sua marca no Brasil e mostrou que não era de todo louca, como diziam: adorava o palmito e a cachaça. Precisa mais?

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Lei seca na Europa

A BBC de Londres informa que uma grande operação realizada em 18 países europeus no mês de junho mostrou que os suíços, os britânicos e os moldávios estão entre os que mais misturam bebida e direção no continente europeu.

A ação também mostrou que, na média, 1,7% dos europeus bebe acima do limite permitido antes de dirigir.

O país que apresentou o maior índice de pessoas infringindo a lei foi a Moldávia, onde 19% dos motoristas estavam acima do limite permitido. A Suíça ficou em segundo lugar, com 6,65%, e a Grã-Bretanha em terceiro, com 6%.

No extremo oposto, os países escandinavos apresentaram o menor índice de infração. Na média, levando em consideração Dinamarca, Noruega, Suécia e Finlândia, menos de 1% dos motoristas foram pegos dirigindo após ter bebido acima do nível permitido.

A operação nas estradas e cidades européias foi realizada pelo grupo Tispol, uma rede de policiais de trânsito co-financiada pela Comissão Européia. Ao longo de uma semana, eles checaram o limite alcoólico de 859.516 motoristas. Desses, 14.645 estavam acima do limite permitido em cada país.

A Grã-Bretanha – juntamente com Irlanda, Luxemburgo e Malta – tem o limite de teor alcoólico permitido para motoristas mais alto da Europa - 0,8g (8 decigramas de álcool por litro de sangue).

Em alguns países europeus – como Croácia, República Checa, Hungria, Eslováquia e Romênia – o limite é de 0g. Alguns países têm um limite de 0,2g, mas a maioria tem limite de 0,5g. A Comissão Européia recomenda um limite de no máximo 0,5g, com o objetivo de reduzir para 0,2g.

A nova Lei Seca que entrou em vigor no Brasil no mês passado proíbe o consumo de praticamente qualquer quantidade de bebida alcoólica por motoristas. Quem for flagrado excedendo o limite de 0,2g de álcool por litro de sangue está sujeito a multa e suspensão da carteira de habilitação.

Na Grã-Bretanha, quem é flagrado com um teor alcoólico acima do limite pode pegar até seis meses de prisão, ter a carteira de motorista suspensa por 12 meses e está sujeito a uma multa de até 5 mil libras esterlinas (quase R$ 16 mil).

O limite em vigor na Noruega e na Suécia é de apenas 0,2g. Na Dinamarca e na Finlândia, é de 0,5g.

Na Escandinávia, dependendo da concentração de álcool encontrada no sangue do motorista, quem comete uma infração pela primeira vez tem a carteira de motorista suspensa, paga uma multa calculada de acordo com a renda mensal e tem de arcar com os custos de cursos de trânsito. Os reincidentes podem receber penas de prisão.

A operação européia foi realizada na Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Moldávia, Noruega, Romênia, Suécia e Suíça.

Destilando Música

Com o objetivo de aproveitar somente o “coração” da boa música brasileira, com ingredientes como Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Bonfiglio de Oliveira, Jacob do Bandolim, Moreira da Silva, Garoto e outros, Thiago Pires (Violão,Trompete, Cavaco), Luiz Potter(Violão, Bandolim, Cavaco) e Jefersom Brasil(Percussão, Flauta e Violão) convidam para uma “"alambicada musical", no dia onze de julho, sexta-feira, no “Café do Bom - Cachaça da Boa”. Rua da Carioca número 10, Rio de Janeiro. A partir das 18:30 h, sem courvert e sem ressaca!

Lei do cooperativismo pode mudar

O governo federal encaminhou no último dia 4 ao Congresso Nacional dois projetos de lei sobre aspectos tributários relacionados ao setor cooperativista e sugestões para o aperfeiçoamento da Lei Geral das Sociedades Cooperativas.
O primeiro projeto trata-se de lei complementar, que visa a estabelecer o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo, garantindo que a tributação não incidirá duplamente nas operações realizadas pelas cooperativas e que não haverá aumento de impostos. A dupla incidência dos tributos ocorre, atualmente, porque tanto o cooperado quanto a cooperativa pagam pela produção.
O segundo deles é um projeto de lei ordinária que regula a base de incidência de cada tributo federal para os principais ramos do cooperativismo e a alíquota aplicável para os tributos federais para cada tipo de ato cooperativo, por ramo ou agrupamento. As cooperativas sociais seriam isentas de tributação e mantém-se inalterada a carga tributária média para o setor.
De acordo com o Governo, a sugestão de mudanças para a lei das sociedades cooperativas apresenta subsídios para os projetos de lei ordinária que tramitam no Senado há vários anos, propondo uma nova legislação para o cooperativismo, tendo em vista que a Lei 5.764/71 está defasada e conflita com a Constituição Federal. Entre as principais propostas de mudanças está a redução do número mínimo de 20 para 7 sócios para se constituir cooperativas.
Trata-se de uma boa hora para o Congresso Nacional (que possui representantes ligados ao cooperativismo)corrigir uma notória falha na legislação, no que se refere à produção de cachaça. O ministério da Agricultura (MAPA) permite a formação de cooperativas de produtores de cachaça (já são cerca de 20 em todo o país, tentando funcionar) e o Ministério da Fazenda proíbe, alegando que, por se tratar de produção industrial, cada produtor deve se registrar separadamente. Isto, na prática, inviabiliza o funcionamento das cooperativas de cachaça.
De acordo com dados da OCB, 7,5 mil cooperativas são vinculadas à organização, envolvendo 25 milhões de brasileiros. Essas 7,5 mil entidades, entretanto, representariam apenas cerca de um terço do total, pois o Ministério do Trabalho e Emprego contabiliza a existência de 22 mil cooperativas inscritas em juntas comerciais de todo o Brasil. As cooperativas se dividem em 13 ramos de atividade: agropecuário, consumo, crédito, educacional, especial, habitacional, infra-estrutura, mineral, produção, turismo e lazer, saúde, trabalho e transporte. A região Sudeste é a que apresenta o maior número de cooperativas e São Paulo é o estado que mais arrecada com as atividades do setor.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Cachaças na praça

“Branquinha”, “Dedo de Prosa”, “Pé do Morro”, “Mineira Serena”, “Canônica”, “Chico Alvim”, são algumas – entre tantas outras - novas marcas de cachaça que já estão circulando em Minas Gerais. Todas com elevada qualidade e esmero na apresentação. Minas continua líder na produção da cachaça de qualidade no país, tanto no número de alambiques quanto no número de marcas em circulação.

Política pública para a cachaça em Minas

A Câmara Técnica da Cadeia Produtiva da Cachaça de Alambique de Minas Gerais, que reúne o setor produtivo – através de associações – universidades, órgãos de fomento, além de secretarias de estado, como Fazenda e Ciência e Tecnologia, decidiu recentemente que a “espinha dorsal” das ações do governo na área deve estar no tratamento adequado da informalidade. O governo deve dar início a um processo de convencimento de que os produtores de cachaça no estado (cerca de 90% na informalidade), podem se legalizar com incentivos governamentais que prevêem, entre outras ações, o estímulo à produção cooperativada.
Criada por iniciativa da Secretaria de Estado da Agricultura que tem no Secretário Gilman Viana um histórico defensor da cachaça de Minas, a Câmara objetiva a construção participativa de uma política pública para a cachaça no estado.