quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cachaça Havana disputa marca com fabricante de rum

Reproduzo matéria publicada pelo Pró-Cachaça, de Minas Gerais.

Belo Horizonte - Uma das disputas sobre marcas de maior repercussão no País completou dez anos sem perspectivas de um acordo. A briga que opõe uma fabricante internacional de rum e a família que produz a mais famosa aguardente artesanal mineira foi parar nos tribunais depois que, em 31 de janeiro de 2001, o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) arquivou o pedido de registro da cachaça Havana.
A decisão obrigou a pequena indústria de aguardente a alterar o nome nos rótulos, já que a marca havia sido registrada pela Havana Club Holding S/A, do rum Havana Club. Em outubro de 2005, os herdeiros de Anísio Santiago - que em 1943 iniciou a produção da cachaça Havana, na fazenda de mesmo nome, localizada na Serra dos Bois, em Salinas, no norte de Minas - conseguiram reaver o nome por meio de liminar, mas agora lutam para ter a marca em definitivo.
“Está fazendo dez anos, a gente esperava que já tivesse uma solução”, reclama João Ramos, genro de Anísio Santiago, que morreu em dezembro de 2002, aos 90 anos. Segundo familiares, ele faleceu extremamente desgostoso com a perda da marca, tanto que pediu que colocassem fogo em todos os rótulos da Havana.
Na tentativa de conseguir reverter a decisão do Inpi, herdeiros de Anísio pediram ajuda a políticos do Estado. No início do governo Lula, o ex-vice-presidente José Alencar - cuja família também é produtora de cachaça - encaminhou carta à direção do instituto. No ano passado, Ramos fez um apelo à então candidata Dilma Rousseff quando, durante a campanha, ela visitou Montes Claros, cidade vizinha a Salinas.
No fim de 2010, ele participou de uma audiência em Brasília com o ex-ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge. “A gente tem buscado apoios, mas tem sido uma luta inglória. Por que outros países defendem os seus produtos, a França defende seus vinhos, seus queijos, e nós não defendemos a nossa cachaça?”, questiona.
A liminar concedida pela Comarca do município à Indústria e Comércio de Aguardentes Havana foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. O processo de dez volumes foi remetido em 2008 para a 8.ª Vara Federal de Belo Horizonte e aguarda sentença desde junho. Figuram como réus o Inpi e a Havana Club Holding.
Em tempo(nota do Blog):o rum Havana Clube pertence à multinacional de origem francesa Pernod Ricard.

Um comentário:

bruno disse...

Cachaça Havana... Ideal para colecionadores... de um antigo colecionador para outro:

Venda no mercado livre:

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-187053360-cachaca-havana-ideal-para-colecionadores-_JM