quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Cachaças Capixabas

Com o objetivo de divulgar a história e a qualidade das cachaças produzidas no Estado do Espírito Santo, o Sebrae no Estado e a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca lançaram o livro 'Sabores do Espírito Santo: Cachaças Capixabas', juntamente com a Associação Capixaba dos Produtores de Cachaça de Qualidade.
Escrito pela historiadora Patrícia Merlo, a partir de pesquisas e de visitas a produtores de diversos municípios, o livro traz curiosidades, dicas para a degustação, um resgate da história da produção de cachaça no Estado e no País, um guia de cachaças capixabas e uma série de receitas – desde a tradicional caipirinha até pratos com ar sofisticado, como a “banana flambada com cachaça e sorvete de milho verde”.
A idéia para elaborar o livro partiu do empresário Adwalter Menegatti, dono da Cachaça Santa Terezinha. Estudioso dos temas ligados à história, à produção e ao consumo da bebida que é um símbolo do Brasil, Menegatti procurou o Sebrae e apresentou uma pesquisa sobre a produção de cachaça no Estado.
“O Espírito Santo produz cachaças de excelente qualidade, tão boas quanto as de Minas Gerais, por exemplo. As cachaças de Salinas têm uma forte propaganda e nós precisamos também afirmar o nosso valor”, avalia o Superintendente do Sebrae/ES, João Felício Scárdua.
A produção de cachaça no Espírito Santo mantém 5 mil empregos diretos e envolve cerca de 350 alambiques, dos quais somente 120 são empresas formais. Mesmo assim, o Estado possui o maior percentual de formalidade do Brasil nesse segmento, chegando a 35% do número total de empreendimentos .
O Sebrae/ES atende, atualmente, a 90 pequenos produtores de cachaça organizados em associações e cooperativas que estão presentes em praticamente todos os municípios do Estado. O livro “Sabores do Espírito Santo: Cachaças Capixabas” será vendido no Espaço Empreendedor da Instituição, na Avenina Jerônimo Monteiro, 935, Centro, Vitória, ao preço de R$ 20 a unidade. (Fonte: Agência Sebrae)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cadastro na Rede Nacional de Turismo Rural já está disponível

Agricultores, donos de hotéis-fazenda, operadores de turismo e agências de viagem já podem participar da Rede Nacional de Turismo Rural, um grande fórum nacional para a troca de informações e o fortalecimento das relações e parcerias entre os envolvidos com o segmento. A Rede foi lançada no último dia 7 durante a VI Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária, na Marina da Glória (RJ).

A solenidade teve a participação do Secretário Nacional de Políticas de Turismo, Airton Pereira, e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. O secretário do Ministério do Turismo (MTur) explica que a articulação do segmento era um pedido antigo dos seus representantes.
"Essa articulação é fundamental para que se possa ampliar a quantidade de recursos humanos, materiais ou tecnológicos disponíveis para o desenvolvimento das ações no turismo rural. É necessária para que os empresários, bem como o setor público, possam compartilhar experiências de sucesso ou de fracasso", destaca Pereira.

Além dos debates on-line, o MTur e o MDA promoverão encontros presenciais e virtuais entre os membros do fórum, a fim de fomentar a estruturação da rede. Qualquer pessoa que se interesse pelos temas do Turismo Rural pode se cadastrar. O registro é gratuito, basta ter uma conta de e-mail para a criação do login. Feito isso, o usuário está pronto para navegar na rede.

A página está inserida nas comunidades do Portal da Cidadania, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que funciona como uma rede social, onde o usuário cria o seu perfil e pode participar de reuniões on-line ou de web conferências. Também é possível incluir documentos, vídeos, notícias e outras informações relacionadas. Além disso, os participantes podem comentar temas em destaque no fórum de debates. A primeira pergunta é: Quais seriam as ações necessárias para alavancarmos o Turismo Rural no Brasil?

A Rede Nacional de Turismo Rural pertencerá aos participantes, sendo o Governo Federal o fomentador inicial, a fim de que sejam respeitados os princípios da autonomia e horizontalidade, essenciais a qualquer rede.

O segmento

O Turismo Rural é compreendido pelo Ministério do Turismo como o conjunto das atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade.

Para o MTur, o meio rural pode ser bem aproveitado para o turismo. Não só as propriedades, como também os atrativos e produtos existentes no campo podem ser uma opção para os turistas e uma oportunidade para os que nele vivem.(FONTE:
Ministério do Turismo).

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Alemanha já é o 3º maior importador mundial de vinho brasileiro

Vinho brasileiro conquista consumidor pela curiosidade

Visto com curiosidade, o vinho brasileiro vai ganhando espaço no mercado europeu com a campanha "Abra e se abra. Abra sua cabeça, abra um vinho do Brasil" e já tem na Alemanha seu terceiro maior comprador mundial. Com um saca-rolhas verde e amarelo e uma campanha que convida os consumidores a provar novos sabores sem preconceito, os vinhos brasileiros vão conquistando prateleiras no mercado europeu. A Alemanha, que era o 7º maior comprador do país em 2007, chegou à terceira posição este ano, atrás de Rússia e Estados Unidos.
Dos oito vinhos levados para o concurso da Anuga, sete foram premiados. Foram duas medalhas de prata e cinco de bronze.
Altos investimentos em tecnologia e melhoramentos ao longo dos últimos 15 anos deram aos vinhos brasileiros cerca de 1.800 prêmios internacionais. Em 2008, foram produzidos 350 milhões de litros, dos quais 3,74 milhões de litros foram exportados.

Abra a sua cabeça

"Abra sua cabeça, abra um vinho do Brasil" é o conceito da campanha institucional para o mercado nacional e internacional do Projeto Setorial Wines from Brazil, realizado em parceria entre o Ibravin e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
A ideia é "abrir a cabeça das pessoas para experimentar os vinhos brasileiros, e a experiência comprova que a aceitação é consequência direta da degustação sem preconceito dos produtos", diz o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani.

Crescimento acelerado

O volume exportado para a Alemanha no ano passado foi 120% superior a 2007, chegando a 271,1 mil litros. As exportações brasileiras saltaram dos US$ 248,2 mil em 2007 para US$ 450,9 mil em 2008. Este ano, só no primeiro semestre o volume exportado superou os 150 mil litros e atingiu um faturamento de US$ 186,3 mil. A expectativa, segundo Paviani, é fechar 2009 com 300 mil litros vendidos para a Alemanha.
O Brasil pega carona em uma tendência positiva para o mercado. De acordo com dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), 32% dos vinhos vendidos no mundo são importados. Há dez anos, essa taxa era de apenas 17%. "Como a tendência é de um mercado cada vez mais globalizado, temos que produzir vinhos de padrão internacional para competir até no quintal de casa", destaca Paviani.(FONTE:Deutsche Welle)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O avanço dos vinhos brasileiros

Do blog do Luis Nassif (http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/)

Creio ter sido dos primeiros a escrever sobre o renascimento da indústria gaúcha do vinho. Nenhum mérito gastronômico de minha parte. Apenas fui almoçar com Bernard Mencier, presidente do banco francês CCF e filho de vinhateiros, que me contou sobre o fenômeno.

Foi até Bento Gonçalves com a diretoria do banco, visitaram umas dez adegas e pelo menos cinco tinham padrão internacional. Entre elas, Miolo, Casa Valduga e outras.

Escrevi sobre o tema, deu uma repercussão danada. Cheguei a ser convidado para jurado em um concurso de vinhos em Bento Gonçalves – convite que declinei informando que eu conhecia o Mencier, mas o Mencier era quem conhecia vinhos.

Tempos depois, fui palestrar por lá e aproveitei para conhecer a Miolo. A família plantava uvas. Decidiu produzir vinhos. Os filhos foram enviados para Mendoza, onde aprenderam técnicas de produção, marketing, a caprichar nas embalagens. Depois, a Embrapa ajudou no aprimoramento das modalidades de uva. Mas era uma fabriqueta simples, quase artesanal.

Tempos depois, a Miolo adquiriu terras no Vale do São Francisco e ampliou a produção. A qualidade caiu, mas a produção aumentou. Hoje, notícia nos jornais de que a família Miolo acabou de adquiriu a francesa Almaden.

É o país desabrochando.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cresce exportação da cachaça mineira

Estados Unidos, França, África do Sul e Alemanha são principais destinos

A receita das exportações mineiras de cachaça, de janeiro a agosto de 2009, teve aumento de 62%, com vendas de US$ 696 mil. No mesmo período, em 2008, as negociações foram de US$ 429,5 mil. Os dados foram divulgados pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e analisados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
De acordo com Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência, os principais destinos das exportações mineiras de cachaça foram Estados Unidos, França, África do Sul e Alemanha. Esses países importaram o equivalente a US$ 432,1 mil, US$ 174,9 mil, US$ 71,5 mil e US$ 17,5 mil, respectivamente, explica.
A participação da cachaça mineira nas exportações brasileiras ocupava a sétima colocação no ranking dos Estados exportadores, com a participação de 4%. Em 2009, o Estado subiu duas posições e ultrapassou o Rio Grande do Sul e o Paraná, respondendo por 7% das exportações brasileiras, que alcançaram US$ 10,5 milhões, considerando a bebida industrial e a artesanal.
Segundo a assessora, os principais Estados exportadores da bebida foram São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará, que responderam juntos por 82% das exportações brasileiras de cachaça.

Industrial x Artesanal

O crescimento da participação mineira no mercado internacional de cachaça pode ser avaliado se compararmos as exportações de Minas com o movimento, no exterior, do maior Estado exportador, São Paulo”, ressalta a assessora. Ela destaca que, nos meses de agosto de 2009 e 2008, enquanto as exportações paulistas apresentaram decréscimo de 17%, passando de US$ 640 mil para US$ 532,6 mil, as receitas provenientes das exportações de cachaça mineira aumentaram cerca de 15 vezes, passando de US$ 10,7 mil para US$ 157,4 mil.
Márcia Silva ainda observa que, em agosto de 2008, os Estados Unidos responderam pela aquisição total da cachaça de Minas colocada no mercado externo. “Os outros países importadores, principalmente da Europa, não adquiriram a bebida naquele mês porque, em razão da crise mundial, houve retração do mercado. “Além disso, os consumidores migraram para outros tipos de bebidas e houve descontinuidade dos contratos de importação”, observa a assessora.
São Paulo se destaca na produção de cachaça industrial, em larga escala, utilizando destiladores de coluna, com controles automatizados e apresentando características padronizadas quanto ao perfil e sabor. Em Minas predomina a bebida artesanal, no sistema de produção familiar. Neste caso, a cachaça é, geralmente, destilada em alambiques de cobre, envelhecida em tonéis de madeira e a fermentação ocorre de modo natural.(Fonte: jornal Minas Gerais)