terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A cachaça e os cinco sentidos

O apreciador da boa cachaça de alambique busca sempre conhecimentos adicionais para melhor exercer sua "atividade" de "consumidor diferenciado". Buscando contribuir com este público seleto, o Clube Mineiro da Cachaça, tendo por base a publicação "Tecnologia da Cachaça de Alambique", dos autores Amazile Biagioni Maia e Eduardo Antônio Campelo, disponibiliza os conceitos de uma boa cachaça sob a ótica sensorial.

VISÃO
- Limpidez, ausência de partículas, transparência, brilho. Após a agitação, forma-se bolhas que se desfazem em 12-15 segundos. Ao escorrer pelas paredes do recepiente, deixa uma película oleosa. Deixada em repouso, no cálice, formam-se lágrimas que escorrem pelas paredes.
OLFATO
- Aroma que não arde nos olhos nem no nariz. Aroma agradável. Quando esfregada na pele (tal como se testam os perfumes) deixa aroma agradável.
PALADAR
- Queima agradavelmente a boca, deixando uma sensação de prazer, estimulando a alegria e o apetite. Se envelhecida em madeira, deixa um suave anmargor ao ser ingerida. Após ingestão, a sensação do retrogosto é harmoniosa e agradável. Consumida com moderação, não causa náuseas, vômitos e dor de cabeça.
TATO
- O tato na língua é aveludado. Quando esfregada na pele deixa a sensação hidratante (untuosa).
AUDIÇÃO
- Os degustadores próximos se manifestam com suavidade e alegria.

Um comentário:

Anônimo disse...

Poético. A cachaça, além de cultura, é cosmética também. R.