quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Todo mundo quer cheirar

A ciência tem procurado, já por longos anos, desenvolver técnicas que permitam identificar componentes químicos por intermédio de um nariz eletrônico. A novidade agora é a junção de um sensor ultra-sensível, capaz de detectar centenas de diferentes compostos químicos, com um programa de reconhecimento de padrões. Com isto, cientistas do laboratório NIST, nos Estados Unidos, criaram uma nova técnica para a fabricação de um nariz eletrônico.

Usos do nariz eletrônico

De acordo com jornalistas do site "Inovação Tecnológica", além de monitorar processos industriais - na indústria de alimentos, farmacêutica e de produtos de beleza - e garantir a segurança de astronautas - detectando qualquer emissão tóxica no interior da nave - o nariz eletrônico é uma ferramenta cada vez mais pesquisada para a detecção de contaminantes ambientais e até de agentes patogênicos que possam estar se espalhando pelo ambiente.

Detectando cheiros desconhecidos

A grande vantagem da nova abordagem, em relação aos narizes eletrônicos já existentes, é a capacidade para detectar assinaturas químicas para as quais o nariz eletrônico não foi previamente treinado. Embora já existam equipamentos semelhantes com sensores à prova de desgaste, o módulo de reconhecimento adapta-se automaticamente às variações nas respostas do sensor à medida que ele envelhece.

O sensor do nariz eletrônico é na verdade um conjunto composto por oito sensores integrados, cada um construído para detectar uma família diferente de compostos químicos - os cheiros chegam até o nosso nariz na forma dos chamados elementos-traço, minúsculas quantidades de compostos químicos que representam a "assinatura" de cada material ou produto.

Essas moléculas cheirosas ativam neurônios sensoriais que transformam as interações químicas em sinais elétricos, por sua vez interpretados pelo cérebro como cheiros. Nós possuímos cerca de 350 tipos de neurônios sensoriais; animais como cães e ratos têm centenas de vezes mais do que isso.

Produtores de cachaça, além de cientistas e professores que lidam com a bebida nacional brasileira, têm acompanhado com atenção a evolução das pesquisas nessa área, tendo em vista a necessidade de implantação de um sistema de análise sensorial que identifique, de forma cada vez mais segura, os valores intrínsecos e diferenciados do sabor e do aroma da cachaça de alambique.

Um comentário:

MarceloPacheco-ThePhotografer disse...

A tecnologia é sempre bem vinda e sempre auxilhara a produção de bons produtos...
Mas Percepção sensorial não é, e nunca será apenas detectação de cheiros e sabores... O principal é a emoção , a sensação e o prazer que estas propriedades nos levam á sentir.
Cachaça Aragana – Cachaça brasileira