segunda-feira, 28 de maio de 2012
Diageo compra Ypióca
O grupo britânico de bebidas Diageo anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a fabricante brasileira de aguardente Ypióca por cerca de 300 milhões de libras (469 milhões de dólares), aumentando presença em mercados emergentes enquanto briga por um maior espaço em tequila.
A produtora do uísque Johnnie Walker e da vodca Smirnoff, que tem planos de ter metade das suas vendas em mercados emergentes até 2015, anunciou nesta segunda-feira acordo para comprar a marca Ypióca de sua família controladora, além de parte dos ativos de produção e distribuição da bebida.
A Ypióca é a terceira maior marca do mercado de cachaça e líder de um segmento de rápido crescimento dessa bebida, o premium. A companhia, fundada em 1846 e com sede em Fortaleza, emprega cerca de 3,2 mil funcionários e tem cinco fábricas no país. A cachaça responde por cerca de 80 por cento da indústria brasileira de bebidas destiladas.
"O Brasil é atrativo, um mercado de rápido crescimento para a Diageo com demografia favorável e crescente renda disponível. A aquisição da Ypióca nos dá a marca premium líder na maior categoria local de bebidas destiladas", disse o presidente-executivo da Diageo, Paul Walsh.
A Diageo, assim como outros grupos internacionais de bebida, tenta se fazer presente em países emergentes para compensar a demanda instável na Europa.
O grupo há muito tempo negocia com a dona da Jose Cuervo para ter uma parte da marca líder de tequila, avaliada em mais de 3 bilhões de dólares. Algumas fontes dizem que as negociações esfriaram por causa de problemas relacionados ao controle da marca.
A companhia londrina recentemente investiu em negócios como a Mey Icki (Turquia) e ShuiJingfang (China) para aumentar as vendas nos países emergentes, que atualmente respondem por quase 40 por cento do total da Diageo.
A Diageo disse que a aquisição da Ypióca deve ser neutra para o lucro no primeiro ano de controle e cobrir o custo de capital até o quinto ano após o negócio, o que analistas dizem estar em linha com os negócios recentes. O grupo britânico não deu números exatos de lucro para a companhia brasileira.
"Nós consideramos positivo esse tipo de negócio em países emergentes, dando a liderança em marca premium local e sinergia em distribuição a médio prazo para as bebidas destiladas internacionais da Diageo", disse a analista do UBS, Melissa Earlam.
Ela estima que a Diageo tenha pago 19 vezes o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) pelo negócio e estima uma margem Ebitda de 25 por cento nas vendas anuais de 60 milhões de libras.
Por David Jones,
Agência Reuters
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Cachaça será reconhecida nos EUA como produto típico e exclusivo do Brasil
As relações comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos vão parar muitas vezes na Organização Mundial do Comércio (OMC) por divergências na imposição de barreiras tributárias e elevados impostos. Mas, na reunião desta segunda-feira entre os presidentes Dilma Rousseff e o americano Barack Obama as tensões ficarão de lado devido ao reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro, facilitando sua exportação para os Estados Unidos.
Obtida pela destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado, a cachaça é tradicionalmente usada na elaboração da caipirinha, que virou marca do Brasil no exterior. No País, são produzidos por ano cerca de 1,5 bilhão de l de cachaça - a maioria em destilarias e uma parte de fabricação artesanal, em pequenos alambiques. São mais de 30 mil produtores e 5 mil marcas.
Obtida pela destilação do caldo de cana-de-açúcar fermentado, a cachaça é tradicionalmente usada na elaboração da caipirinha, que virou marca do Brasil no exterior. No País, são produzidos por ano cerca de 1,5 bilhão de l de cachaça - a maioria em destilarias e uma parte de fabricação artesanal, em pequenos alambiques. São mais de 30 mil produtores e 5 mil marcas.
Clube da Esquina
"Apesar da censura e opressão, éramos felizes"
Quando a ditadura foi instaurada no Brasil, Márcio Borges, o segundo filho de uma grande família de 11 músicos, era ainda um menino. Em 1964, aos 18 anos de idade, ainda não escrevia versos para as composições de Milton Nascimento. Aliás, nem mesmo as próprias músicas existiam: “Bituca” – apelido de Milton na época – estava em um curso pré-vestibular, estudando para tentar uma vaga no curso de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais.
Na esquina da Rua Divinópolis com a Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, não havia clube algum. Sem saber que poucos anos mais tarde seria o responsável pelas estrofes de clássicos como Clube da Esquina, Um girassol da cor de seu cabelo e Os Povos, Márcio Borges preenchia seus dias com uma quantidade considerável de idas ao cinema, batidas de limão, conversas infinitas com amigos pelos corredores do Edifício Levy – prédio onde morava com pais e irmãos – e o cotidiano da Escola Estadual Central. No mesmo período, lá também estudava a hoje presidenta Dilma Rousseff.
Dilma e Márcio nunca foram da mesma classe. Os dois se conheceram por amigos em comum do colégio estadual. Na época, a instituição era um pólo político e cultural da capital mineira – por lá também passaram os irmãos Henfil, Toninho Horta, Fernando Pimentel entre outras figuras célebres da história do Brasil – como Getúlio Vargas, Fernando Sabino e ex-jogador Tostão. “Todo mundo que estudava no Central era engajado com causas sociais, com a política, fazíamos oposição à ditadura. Foi lá que se consolidou o movimento estudantil da cidade”, conta Márcio Borges.
Nas décadas de 60 e 70, o Estadual Central era sinônimo de referência em educação. Até os herdeiros das elites eram alunos – estudar lá era garantia de acesso à UFMG. O prédio, sem muros, arquitetado por Oscar Niemeyer, abrigava uma lógica incompatível com a opressão da ditadura: havia liberdade de expressão, os estudantes podiam matar aulas, namorar e fumar nos bancos da escola. “Nós tínhamos abertura para reivindicar, expressar nossas ideias e isso incentivava nosso lado criativo”, afirma o letrista.
A amizade entre ele e a futura presidenta se consolidou do lado de fora do colégio. Os dois se conheceram no Bar do Bucheco, o QG predileto da turma. Foi um dos primeiros bares em Minas Gerais a ser frequentado por meninas. “Era um bar despojado, pequeno, esfumaçado. Não tinha balcão. Eram poucas mesas, com cadeiras improvisadas com caixotes de madeira e uma vitrola velha”, lembra.
O famoso Colégio Estadual Central, onde estudaram Dilma Rousseff, Macio Borges e outras personalidades. Um rapaz chamado Dickson foi quem os apresentou. Ele era mais velho, um dos intelectuais da turma, falava bem sobre política, cinema e literatura. “Todo mundo no Bucheco gostava de conversar sobre cultura e filosofia”, conta o compositor.
Dilma já apresentava mais interesse pelas questões políticas. Logo que entrou no Estadual Central, em 1964, ingressou na Polop – Política Operária -, movimento de esquerda cujas reuniões tinham como sede o próprio Bucheco.
Márcio gostava mesmo era de cinema. Gostava de Godard e defendia com ênfase a ideia de que os filmes do diretor francês eram sempre os melhores. Por isso, ganhou o apelido de “Marcinho Godard”. A alcunha foi lembrada por Dilma em 2010: ela o chamou assim quando eles se encontraram durante a campanha para as eleições presidenciais.
Além do Bucheco, os membros da turma também eram fieis frequentadores da Pensão da Dona Odete, onde filavam de graça bons pratos de comida.
O Edifício Maletta, no centro de Belo Horizonte, era outro ponto de encontro. Até hoje a maior parte dos apartamentos do prédio é composta por repúblicas de estudantes. Cláudio Galeno, namorado de Dilma na época, era um dos moradores. “Apesar de todas as questões políticas, da censura, da opressão, nós éramos felizes. Eu ia à casa de Dilma roubar cerveja da geladeira dos Rousseff, ela também frequentava a minha casa”, diverte-se Márcio Borges.
Encontro de Minas com a então candidata à Presidência Dilma Rousseff.
Após o decreto do Ato Institucional nº5 e o endurecimento da ditadura, aos poucos Márcio passou a ver seus amigos partirem para o exílio ou para as guerrilhas, como foi o caso de Dilma.
“Nós sempre nos ajudávamos muito, eu só não entrei para a Polop porque acabei imerso no mundo da música”, analisa.
Em 1968, ano do AI-5, ele já havia escrito as letras de Canção do Sal e Gira Girou para as composições de Bituca.
Desde então muitas coisas já mudaram. Os tempos são outros: a ditadura acabou, o bar do Bucheco já não existe. A estudante politizada virou presidenta da República e o jovem compositor marcou história no cenário musical.
Mas são histórias de amizade e companheirismo como essa que serviram de matéria-prima e deram motivação para que, em 1972, o Clube da Esquina fosse gerado. “Foram bons tempos”, conclui Borges.
Fonte: Carta Capital
Quando a ditadura foi instaurada no Brasil, Márcio Borges, o segundo filho de uma grande família de 11 músicos, era ainda um menino. Em 1964, aos 18 anos de idade, ainda não escrevia versos para as composições de Milton Nascimento. Aliás, nem mesmo as próprias músicas existiam: “Bituca” – apelido de Milton na época – estava em um curso pré-vestibular, estudando para tentar uma vaga no curso de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais.
Na esquina da Rua Divinópolis com a Paraisópolis, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, não havia clube algum. Sem saber que poucos anos mais tarde seria o responsável pelas estrofes de clássicos como Clube da Esquina, Um girassol da cor de seu cabelo e Os Povos, Márcio Borges preenchia seus dias com uma quantidade considerável de idas ao cinema, batidas de limão, conversas infinitas com amigos pelos corredores do Edifício Levy – prédio onde morava com pais e irmãos – e o cotidiano da Escola Estadual Central. No mesmo período, lá também estudava a hoje presidenta Dilma Rousseff.
Dilma e Márcio nunca foram da mesma classe. Os dois se conheceram por amigos em comum do colégio estadual. Na época, a instituição era um pólo político e cultural da capital mineira – por lá também passaram os irmãos Henfil, Toninho Horta, Fernando Pimentel entre outras figuras célebres da história do Brasil – como Getúlio Vargas, Fernando Sabino e ex-jogador Tostão. “Todo mundo que estudava no Central era engajado com causas sociais, com a política, fazíamos oposição à ditadura. Foi lá que se consolidou o movimento estudantil da cidade”, conta Márcio Borges.
Nas décadas de 60 e 70, o Estadual Central era sinônimo de referência em educação. Até os herdeiros das elites eram alunos – estudar lá era garantia de acesso à UFMG. O prédio, sem muros, arquitetado por Oscar Niemeyer, abrigava uma lógica incompatível com a opressão da ditadura: havia liberdade de expressão, os estudantes podiam matar aulas, namorar e fumar nos bancos da escola. “Nós tínhamos abertura para reivindicar, expressar nossas ideias e isso incentivava nosso lado criativo”, afirma o letrista.
A amizade entre ele e a futura presidenta se consolidou do lado de fora do colégio. Os dois se conheceram no Bar do Bucheco, o QG predileto da turma. Foi um dos primeiros bares em Minas Gerais a ser frequentado por meninas. “Era um bar despojado, pequeno, esfumaçado. Não tinha balcão. Eram poucas mesas, com cadeiras improvisadas com caixotes de madeira e uma vitrola velha”, lembra.
O famoso Colégio Estadual Central, onde estudaram Dilma Rousseff, Macio Borges e outras personalidades. Um rapaz chamado Dickson foi quem os apresentou. Ele era mais velho, um dos intelectuais da turma, falava bem sobre política, cinema e literatura. “Todo mundo no Bucheco gostava de conversar sobre cultura e filosofia”, conta o compositor.
Dilma já apresentava mais interesse pelas questões políticas. Logo que entrou no Estadual Central, em 1964, ingressou na Polop – Política Operária -, movimento de esquerda cujas reuniões tinham como sede o próprio Bucheco.
Márcio gostava mesmo era de cinema. Gostava de Godard e defendia com ênfase a ideia de que os filmes do diretor francês eram sempre os melhores. Por isso, ganhou o apelido de “Marcinho Godard”. A alcunha foi lembrada por Dilma em 2010: ela o chamou assim quando eles se encontraram durante a campanha para as eleições presidenciais.
Além do Bucheco, os membros da turma também eram fieis frequentadores da Pensão da Dona Odete, onde filavam de graça bons pratos de comida.
O Edifício Maletta, no centro de Belo Horizonte, era outro ponto de encontro. Até hoje a maior parte dos apartamentos do prédio é composta por repúblicas de estudantes. Cláudio Galeno, namorado de Dilma na época, era um dos moradores. “Apesar de todas as questões políticas, da censura, da opressão, nós éramos felizes. Eu ia à casa de Dilma roubar cerveja da geladeira dos Rousseff, ela também frequentava a minha casa”, diverte-se Márcio Borges.
Encontro de Minas com a então candidata à Presidência Dilma Rousseff.
Após o decreto do Ato Institucional nº5 e o endurecimento da ditadura, aos poucos Márcio passou a ver seus amigos partirem para o exílio ou para as guerrilhas, como foi o caso de Dilma.
“Nós sempre nos ajudávamos muito, eu só não entrei para a Polop porque acabei imerso no mundo da música”, analisa.
Em 1968, ano do AI-5, ele já havia escrito as letras de Canção do Sal e Gira Girou para as composições de Bituca.
Desde então muitas coisas já mudaram. Os tempos são outros: a ditadura acabou, o bar do Bucheco já não existe. A estudante politizada virou presidenta da República e o jovem compositor marcou história no cenário musical.
Mas são histórias de amizade e companheirismo como essa que serviram de matéria-prima e deram motivação para que, em 1972, o Clube da Esquina fosse gerado. “Foram bons tempos”, conclui Borges.
Fonte: Carta Capital
domingo, 2 de outubro de 2011
Pilula antibebedeira
Estudo desenvolve pílula que deixa a pessoa sóbria
Cientistas tentam desenvolver uma pílula que é o sonho de qualquer pessoa que goste de beber. A ideia é criar um comprimido que mantém a pessoa sóbria, ou seja, ela bebe o quanto quiser, mas o efeito do álcool sobre as células do cérebro é mínimo.
Em testes feitos com camundongos, os roedores que receberam a droga não apresentaram nenhum sinal de desequilíbrio, a despeito de terem ingerido uma quantidade suficientes de álcool para fazê-los tropeçar e mesmo cair. O estudo, acreditam, abre caminho para um comprimido que impeça as pessoas de passarem por situações constrangedoras durante noitadas.
E pode ajudar pesquisas futuras a rastrearem a razão por que algumas pessoas começam a enrolar a língua depois de apenas uma taça de vinho, enquanto outras são capazes de beber a noite inteira sem demonstrar muitos sinais da bebedeira.
Os cientistas americanos e australianos que participaram da pesquisa centraram seu estudo na forma pela qual o álcool afeta as células glias, que compõem até 90% do cérebro. Elas têm um papel fundamental no sistema imunológico, ajudando a combater infecções como a meningite. Na pesquisa, foi revelado também que "desligar" essa resposta imune produz efeito significativo de impedir que o camundongo ficasse bêbado. O estudo foi publicado na "British Journal of Pharmacology".
Não apenas os reflexos dos animais se apresentaram muito melhores, como também eles tiveram mais facilidade para andar do que os camundongos cujas células imunológicas estavam funcionando normalmente.
O pesquisador Mark Hutchinson, da Universidade de Adelaide, na Austrália, afirmou:
- Um camundongo bêbado é muito parecido com um homem bêbado. Ele não consegue trabalhar sua coordenação motora com propriedade. Mas se você faz com que as células imunológicas parem de funcionar, os animais não ficam bêbados.
Fonte: O Globo (ciencia@oglobo.com.br)
Cientistas tentam desenvolver uma pílula que é o sonho de qualquer pessoa que goste de beber. A ideia é criar um comprimido que mantém a pessoa sóbria, ou seja, ela bebe o quanto quiser, mas o efeito do álcool sobre as células do cérebro é mínimo.
Em testes feitos com camundongos, os roedores que receberam a droga não apresentaram nenhum sinal de desequilíbrio, a despeito de terem ingerido uma quantidade suficientes de álcool para fazê-los tropeçar e mesmo cair. O estudo, acreditam, abre caminho para um comprimido que impeça as pessoas de passarem por situações constrangedoras durante noitadas.
E pode ajudar pesquisas futuras a rastrearem a razão por que algumas pessoas começam a enrolar a língua depois de apenas uma taça de vinho, enquanto outras são capazes de beber a noite inteira sem demonstrar muitos sinais da bebedeira.
Os cientistas americanos e australianos que participaram da pesquisa centraram seu estudo na forma pela qual o álcool afeta as células glias, que compõem até 90% do cérebro. Elas têm um papel fundamental no sistema imunológico, ajudando a combater infecções como a meningite. Na pesquisa, foi revelado também que "desligar" essa resposta imune produz efeito significativo de impedir que o camundongo ficasse bêbado. O estudo foi publicado na "British Journal of Pharmacology".
Não apenas os reflexos dos animais se apresentaram muito melhores, como também eles tiveram mais facilidade para andar do que os camundongos cujas células imunológicas estavam funcionando normalmente.
O pesquisador Mark Hutchinson, da Universidade de Adelaide, na Austrália, afirmou:
- Um camundongo bêbado é muito parecido com um homem bêbado. Ele não consegue trabalhar sua coordenação motora com propriedade. Mas se você faz com que as células imunológicas parem de funcionar, os animais não ficam bêbados.
Fonte: O Globo (ciencia@oglobo.com.br)
terça-feira, 13 de setembro de 2011
13 de setembro, Dia Nacional da Cachaça
Em 1659, um decreto da Corte Real Portuguesa proibiu o comércio da cachaça e os portugueses apertaram o cerco aos produtores com ameaças de deportação, apreensão do produto e destruição dos alambiques. Em 1660, os produtores fluminenses lideraram uma rebelião e tomaram o governo da cidade. Era a Revolta da Cachaça, movimento que abriu caminho para a legalização da cachaça, que ocorreu em 13 de Setembro de 1661 também por ordem regia.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
As bebidas alcoólicas e o consumidor
Rizzatto Nunes
(do Terra Magazine)
Um assunto que foi bastante noticiado nas duas últimas semanas foi o do projeto de lei do governo do Estado de São Paulo, que visa punir com multas de até R$87.000,00 estabelecimentos que vendam, ofereçam, entreguem ou permitam o consumo, em suas dependências, de bebida com qualquer teor alcóolico para menores de 18 anos em todo o Estado. A multa dobrará em caso de reincidência e pode levar à perda da inscrição estadual do comerciante.
Antes de prosseguir, lembro que já é proibido vender, oferecer ou entregar bebida alcoólica a menores de 18 anos. A questão é outra: ela está ligada as medidas que tentam coibir o uso pernicioso desse tipo de bebida não só por menores como por adultos, mas que funcionam apenas como paliativo. Pergunto: não haveria outros modos mais eficazes de se combater esse vício? Pensemos no assunto.
Ninguém dúvida do mal que as bebidas alcoólicas fazem e, particularmente, nós consumeristas, temos combatido fortemente os anúncios publicitários que incentivam o consumo desse tipo de droga. Os malefícios causados, especialmente aos jovens, são enormes.
É evidente que não se pretende a proibição de fabricação das bebidas que contém álcool, mas está mais do que na hora de se utilizar entre nós os métodos modernos para restringir a aquisição de bebidas e que tem funcionado muito bem. É preciso, por exemplo, proibir a publicidade e limitar os pontos de venda. Em Estados americanos como Utah, os consumidores da Capital, Salt Lake City, somente podem comprar bebidas alcoólicas em lojas especializadas, nas quais só podem entrar maiores de 18 anos. Nos Supermercados, por exemplo, só se vende cerveja sem álcool. O mesmo se dá no Canadá. Em Vancouver, cidade que tem uma das melhores qualidades de vida do mundo, só é possível comprar bebidas nas "liquor stores" e, claro, também, lá só entram maiores de idade.
Pergunta-se: isso impede que as pessoas bebam? Claro que não, pois ainda se pode beber em casa depois de adquirir a bebida na loja especializada ou se pode beber num restaurante, numa boate etc, mas é proibido portar garrafas ou latas de bebidas alcoólicas abertas nas ruas ou nos automóveis.
A venda ampla e aberta feita por supermercados, mercearias, padarias e congêneres é um facilitador excessivo e implica um estímulo à compra e à ingestão. E, ao contrário, a venda circunscrita em locais específicos, especialmente autorizados e fiscalizados, dificulta em muito não só a compra como também a consequente ingestão de bebidas alcoólicas. Anoto que nesses locais o consumidor não compra por impulso. A aquisição da bebida alcoólica - qualquer que seja o tipo: vinhos, cervejas, destilados etc - exige do consumidor uma tomada de atitude, uma decisão de sair de casa para comprá-la. Ele tem de decidir antes. Já em supermercados, por exemplo, pode muito bem acontecer do consumidor ir comprar saladas e carnes e sair carregado de vinhos e cervejas. Afora o fato de que nesses estabelecimentos comerciais abertos ao público e encontrados em cada esquina, a possiblidade de que menores acabem adquirindo as bebidas seja enorme e mesmo que se obrigue o caixa a fazer um controle da idade do comprador, ainda assim um amigo maior de idade pode se passar por ele e fazer a compra. Enfim, a facilidade é evidente.
No Brasil, infelizmente, se pode comprar bebidas alcoólicas em todo e qualquer lugar abertamente e até via delivery. A leviandade por aqui é tamanha que em festas de adolescentes há pais que servem cervejas e outras bebidas mais fortes à vontade. O mesmo ocorre às vezes em buffets e clubes. E, no que respeita ao comerciante, este, como se sabe, quer vender. Se é permitido, ele faz. Veja-se o que acontece em volta das faculdades brasileiras. Meu amigo Walter Ego diz: "Pode-se definir um prédio de escola superior como um local feito para desenvolvimento de altos estudos, cercado de bares por todos os lados". E anoto que até mesmo dentro de algumas escolas a bebida alcóolica é vendida!
Temos, entre nós, a Lei 9294/96 que, com fundamento no parágrafo 4º do art. 220 da Constituição federal, proibiu a veiculação televisiva dos anúncios de produtos fumígenos, tais como cigarros, cigarrilhas, charutos etc. Falta fazer o mesmo com as bebidas alcoólicas.
Ademais, a publicidade de bebidas alcoólicas, de maneira geral, é sofrível e pode ser caracterizada como abusiva, conforme definição legal (art. 37, parágrafo 2º do Código de Defesa do Consumidor), na medida em que se utiliza de maneira bastante chula da imagem da mulher. As propagandas de cerveja são o melhor exemplo disso, aliás, parece mesmo que falta imaginação aos tão criativos publicitários brasileiros nesse setor: há anos eles só conseguem bater nessa mesma tecla surrada (que não deixa de ser vulgar e abusiva).
É certo que ao final de cada anúncio sempre aparece o aviso: "Beba com moderação". Mas, será que resolve? Sem poder me estender no assunto neste curto espaço, devo dizer que os estudos científicos da semiótica moderna demonstram que da maneira como são produzidos os anúncios, o aviso ao final não tem qualquer eficácia. Explico. O anúncio em si se traduz numa comunicação analógica de imagens agradáveis, sempre com gente bonita, sorridente, cantando, feliz e...bebendo, bebendo, bebendo. Ao final, não com imagens mas, com palavras, isto é, numa comunicação digital, surge a frase do aviso.
Acontece que, a comunicação analógica do anúncio é um código quente, forte de comunicação e atinge, em cheio, o público alvo. Ela encanta, seduz a plateia. O aviso em letras é um código frio, fraco. O mesmo público embevecido com o anúncio lê o aviso e não lhe dá a devida importância. Traduzindo: o aviso não funciona. Exatamente como ocorria com os anúncios de cigarro, onde ao final, após cenas de esporte ou luxo, surgia a frase:"O Ministério da Saúde adverte: fumar faz mal à saúde". Também não funcionava e, no caso, soava paradoxal: se o Ministério da Saúde sabe que faz mal, porque não toma providências mais eficazes? E tomou. Quero dizer, as autoridades tomaram. No caso do cigarro não só se proibiu os anúncios em rádio e tevê como se obrigou os fabricantes a mostrarem os danos que o cigarro causa em fotos (linguagem analógica) e não só em palavras.
Pois bem. No caso das bebidas alcoólicas falta muito. Sabe-se que a proibição relativa ao cigarro teve fundo econômico: o governo percebeu que era mais barato combater o vício do fumo que ficar gastando milhões nos hospitais com os fumantes doentes. Em relação à bebida alcoólica, ter-se-ia que fazer o mesmo. Claro que há o lobby dos fabricantes de bebidas a ser enfrentado e também o interesse dos veículos de comunicação, que faturam alto com os anúncios. Mas, se foi feito com o fumo existe a esperança de que possa ser feito também com as drogas alcoólicas.
É preciso, pois, coragem para a tomada de outras medidas como as sugeridas. Quanto ao aumento da restrição aos anúncios publicitários ou sua proibição, basta uma alteração na lei 9294 nesse sentido. Lembro, como dito, que a Constituição Federal assim o determina.
Não vejo também entrave a que se proíba a venda desse tipo de bebida em supermercados, mercearias, padarias e congêneres, limitando as vendas apenas a estabelecimentos autorizados e controlados e nos quais fique proibida a entrada de menores de dezoito anos.
Se um dia chegarmos a isso, teremos certamente um consumo mais consciente e menos nocivo de bebidas alcoólicas.
Rizzatto Nunes é mestre e doutor em Filosofia do Direito e livre-docente em Direito do Consumidor pela PUC/SP. É desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Autor de diversos livros, lançou recentemente "Superdicas para comprar bem e defender seus direitos de consumidor" (Editora Saraiva) e o romance "O abismo" (Editora da Praça).
(do Terra Magazine)
Um assunto que foi bastante noticiado nas duas últimas semanas foi o do projeto de lei do governo do Estado de São Paulo, que visa punir com multas de até R$87.000,00 estabelecimentos que vendam, ofereçam, entreguem ou permitam o consumo, em suas dependências, de bebida com qualquer teor alcóolico para menores de 18 anos em todo o Estado. A multa dobrará em caso de reincidência e pode levar à perda da inscrição estadual do comerciante.
Antes de prosseguir, lembro que já é proibido vender, oferecer ou entregar bebida alcoólica a menores de 18 anos. A questão é outra: ela está ligada as medidas que tentam coibir o uso pernicioso desse tipo de bebida não só por menores como por adultos, mas que funcionam apenas como paliativo. Pergunto: não haveria outros modos mais eficazes de se combater esse vício? Pensemos no assunto.
Ninguém dúvida do mal que as bebidas alcoólicas fazem e, particularmente, nós consumeristas, temos combatido fortemente os anúncios publicitários que incentivam o consumo desse tipo de droga. Os malefícios causados, especialmente aos jovens, são enormes.
É evidente que não se pretende a proibição de fabricação das bebidas que contém álcool, mas está mais do que na hora de se utilizar entre nós os métodos modernos para restringir a aquisição de bebidas e que tem funcionado muito bem. É preciso, por exemplo, proibir a publicidade e limitar os pontos de venda. Em Estados americanos como Utah, os consumidores da Capital, Salt Lake City, somente podem comprar bebidas alcoólicas em lojas especializadas, nas quais só podem entrar maiores de 18 anos. Nos Supermercados, por exemplo, só se vende cerveja sem álcool. O mesmo se dá no Canadá. Em Vancouver, cidade que tem uma das melhores qualidades de vida do mundo, só é possível comprar bebidas nas "liquor stores" e, claro, também, lá só entram maiores de idade.
Pergunta-se: isso impede que as pessoas bebam? Claro que não, pois ainda se pode beber em casa depois de adquirir a bebida na loja especializada ou se pode beber num restaurante, numa boate etc, mas é proibido portar garrafas ou latas de bebidas alcoólicas abertas nas ruas ou nos automóveis.
A venda ampla e aberta feita por supermercados, mercearias, padarias e congêneres é um facilitador excessivo e implica um estímulo à compra e à ingestão. E, ao contrário, a venda circunscrita em locais específicos, especialmente autorizados e fiscalizados, dificulta em muito não só a compra como também a consequente ingestão de bebidas alcoólicas. Anoto que nesses locais o consumidor não compra por impulso. A aquisição da bebida alcoólica - qualquer que seja o tipo: vinhos, cervejas, destilados etc - exige do consumidor uma tomada de atitude, uma decisão de sair de casa para comprá-la. Ele tem de decidir antes. Já em supermercados, por exemplo, pode muito bem acontecer do consumidor ir comprar saladas e carnes e sair carregado de vinhos e cervejas. Afora o fato de que nesses estabelecimentos comerciais abertos ao público e encontrados em cada esquina, a possiblidade de que menores acabem adquirindo as bebidas seja enorme e mesmo que se obrigue o caixa a fazer um controle da idade do comprador, ainda assim um amigo maior de idade pode se passar por ele e fazer a compra. Enfim, a facilidade é evidente.
No Brasil, infelizmente, se pode comprar bebidas alcoólicas em todo e qualquer lugar abertamente e até via delivery. A leviandade por aqui é tamanha que em festas de adolescentes há pais que servem cervejas e outras bebidas mais fortes à vontade. O mesmo ocorre às vezes em buffets e clubes. E, no que respeita ao comerciante, este, como se sabe, quer vender. Se é permitido, ele faz. Veja-se o que acontece em volta das faculdades brasileiras. Meu amigo Walter Ego diz: "Pode-se definir um prédio de escola superior como um local feito para desenvolvimento de altos estudos, cercado de bares por todos os lados". E anoto que até mesmo dentro de algumas escolas a bebida alcóolica é vendida!
Temos, entre nós, a Lei 9294/96 que, com fundamento no parágrafo 4º do art. 220 da Constituição federal, proibiu a veiculação televisiva dos anúncios de produtos fumígenos, tais como cigarros, cigarrilhas, charutos etc. Falta fazer o mesmo com as bebidas alcoólicas.
Ademais, a publicidade de bebidas alcoólicas, de maneira geral, é sofrível e pode ser caracterizada como abusiva, conforme definição legal (art. 37, parágrafo 2º do Código de Defesa do Consumidor), na medida em que se utiliza de maneira bastante chula da imagem da mulher. As propagandas de cerveja são o melhor exemplo disso, aliás, parece mesmo que falta imaginação aos tão criativos publicitários brasileiros nesse setor: há anos eles só conseguem bater nessa mesma tecla surrada (que não deixa de ser vulgar e abusiva).
É certo que ao final de cada anúncio sempre aparece o aviso: "Beba com moderação". Mas, será que resolve? Sem poder me estender no assunto neste curto espaço, devo dizer que os estudos científicos da semiótica moderna demonstram que da maneira como são produzidos os anúncios, o aviso ao final não tem qualquer eficácia. Explico. O anúncio em si se traduz numa comunicação analógica de imagens agradáveis, sempre com gente bonita, sorridente, cantando, feliz e...bebendo, bebendo, bebendo. Ao final, não com imagens mas, com palavras, isto é, numa comunicação digital, surge a frase do aviso.
Acontece que, a comunicação analógica do anúncio é um código quente, forte de comunicação e atinge, em cheio, o público alvo. Ela encanta, seduz a plateia. O aviso em letras é um código frio, fraco. O mesmo público embevecido com o anúncio lê o aviso e não lhe dá a devida importância. Traduzindo: o aviso não funciona. Exatamente como ocorria com os anúncios de cigarro, onde ao final, após cenas de esporte ou luxo, surgia a frase:"O Ministério da Saúde adverte: fumar faz mal à saúde". Também não funcionava e, no caso, soava paradoxal: se o Ministério da Saúde sabe que faz mal, porque não toma providências mais eficazes? E tomou. Quero dizer, as autoridades tomaram. No caso do cigarro não só se proibiu os anúncios em rádio e tevê como se obrigou os fabricantes a mostrarem os danos que o cigarro causa em fotos (linguagem analógica) e não só em palavras.
Pois bem. No caso das bebidas alcoólicas falta muito. Sabe-se que a proibição relativa ao cigarro teve fundo econômico: o governo percebeu que era mais barato combater o vício do fumo que ficar gastando milhões nos hospitais com os fumantes doentes. Em relação à bebida alcoólica, ter-se-ia que fazer o mesmo. Claro que há o lobby dos fabricantes de bebidas a ser enfrentado e também o interesse dos veículos de comunicação, que faturam alto com os anúncios. Mas, se foi feito com o fumo existe a esperança de que possa ser feito também com as drogas alcoólicas.
É preciso, pois, coragem para a tomada de outras medidas como as sugeridas. Quanto ao aumento da restrição aos anúncios publicitários ou sua proibição, basta uma alteração na lei 9294 nesse sentido. Lembro, como dito, que a Constituição Federal assim o determina.
Não vejo também entrave a que se proíba a venda desse tipo de bebida em supermercados, mercearias, padarias e congêneres, limitando as vendas apenas a estabelecimentos autorizados e controlados e nos quais fique proibida a entrada de menores de dezoito anos.
Se um dia chegarmos a isso, teremos certamente um consumo mais consciente e menos nocivo de bebidas alcoólicas.
Rizzatto Nunes é mestre e doutor em Filosofia do Direito e livre-docente em Direito do Consumidor pela PUC/SP. É desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Autor de diversos livros, lançou recentemente "Superdicas para comprar bem e defender seus direitos de consumidor" (Editora Saraiva) e o romance "O abismo" (Editora da Praça).
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Japonesa compra controle da Schincariol por R$ 4 bilhões
A cervejaria japonesa Kirin acaba de confirmar no Japão a compra do controle da Schincariolpor R$ 4 bilhões.
Os japoneses compraram o controle da Aladre-Schinni, que pertencia aos irmãos Alexandree Adriano Schincariol.
A família brasileira, entretanto, permanecerá na operação da cervejaria.
A proposta da Kirin foi maior que a oferecida pela Heineken, que já estava em negociação para comprar a Schin, a s segunda maior fabricante de cervejas do Brasil.
A Kirin tem operações no Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas, além de negócios na Oceania.
Em 2010, o grupo vendeu US$ 28 bilhões.
Já a Schincariol tem 13 unidades de produção no País, com mais de 10 mil funcionários.
No ano passado, a companhia teve receita bruta de R$ 6 bilhões.
Estiveram envolvidos na operação Mattos Filho e BTG Pactual pelo lado da Schin e Tozzini Freire e Citi pela Kirin.
Do Portal IG
Os japoneses compraram o controle da Aladre-Schinni, que pertencia aos irmãos Alexandree Adriano Schincariol.
A família brasileira, entretanto, permanecerá na operação da cervejaria.
A proposta da Kirin foi maior que a oferecida pela Heineken, que já estava em negociação para comprar a Schin, a s segunda maior fabricante de cervejas do Brasil.
A Kirin tem operações no Japão, China, Taiwan, Vietnã, Tailândia, Cingapura e Filipinas, além de negócios na Oceania.
Em 2010, o grupo vendeu US$ 28 bilhões.
Já a Schincariol tem 13 unidades de produção no País, com mais de 10 mil funcionários.
No ano passado, a companhia teve receita bruta de R$ 6 bilhões.
Estiveram envolvidos na operação Mattos Filho e BTG Pactual pelo lado da Schin e Tozzini Freire e Citi pela Kirin.
Do Portal IG
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Paella caipira do Serro com cachaça Boa Vista
No próximo dia 03 de agosto, quarta-feira, mais uma edição especial do Clube Gourmet. No Clube Mineiro da Cachaça você acompanha o resgate da tradicional culinária mineira e convive com convidados especiais que preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à arte da boa cozinha, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.
Julio Cruz
Julio Cruz é natural de Belo Horizonte com raízes fincadas na cidade do Serro em Minas Gerais, cidade de origem de sua família. Teve sua inicialização no mundo da culinária através do pai de um grande amigo de origem síria, Sami Ramiz Elian, recentemente falecido. Desde então passou por vários cursos e especializações, tendo tido oportunidade de trabalhar com alguns chefs mineiros. Atualmente tem trabalhado preferencialmente com carnes e paellas, mas sempre pesquisando e desenvolvendo novas receitas e sabores.
Sérgio Bandeira
Nascido em Almenara, Minas Gerais, cidade incrustrada no Vale do Jequitinhonha, atua em Belo Horizonte como analista de sistemas. Como todo bom almenarense, se acostumou com os temperos e sabores do Vale. Seu gosto pela culinária surgiu na juventude, mas foi há poucos anos que se tornou mais atuante sob a tutela do chef Julio Cruz.
Paella Caipira
Prato onde se utiliza uma paella (panela espanhola do mesmo nome das famosas paellas criadas no século XV na região da Valencia, no norte da Espanha). Nela se utiliza ingredientes nobres como carnes de cordeiro, coelho, frango, porco, além de bacon, paio, calabresa, arroz e legumes tradicionais flambados na cachaça. Como tempero desse prato é utilizada uma mistura exótica de ervas selecionadas com açafrão. A finalização é feita com uma cobertura de queijo do Serro e ervas.
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
Julio Cruz
Julio Cruz é natural de Belo Horizonte com raízes fincadas na cidade do Serro em Minas Gerais, cidade de origem de sua família. Teve sua inicialização no mundo da culinária através do pai de um grande amigo de origem síria, Sami Ramiz Elian, recentemente falecido. Desde então passou por vários cursos e especializações, tendo tido oportunidade de trabalhar com alguns chefs mineiros. Atualmente tem trabalhado preferencialmente com carnes e paellas, mas sempre pesquisando e desenvolvendo novas receitas e sabores.
Sérgio Bandeira
Nascido em Almenara, Minas Gerais, cidade incrustrada no Vale do Jequitinhonha, atua em Belo Horizonte como analista de sistemas. Como todo bom almenarense, se acostumou com os temperos e sabores do Vale. Seu gosto pela culinária surgiu na juventude, mas foi há poucos anos que se tornou mais atuante sob a tutela do chef Julio Cruz.
Paella Caipira
Prato onde se utiliza uma paella (panela espanhola do mesmo nome das famosas paellas criadas no século XV na região da Valencia, no norte da Espanha). Nela se utiliza ingredientes nobres como carnes de cordeiro, coelho, frango, porco, além de bacon, paio, calabresa, arroz e legumes tradicionais flambados na cachaça. Como tempero desse prato é utilizada uma mistura exótica de ervas selecionadas com açafrão. A finalização é feita com uma cobertura de queijo do Serro e ervas.
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Clube Gourmet
Carne de lata da Serra do Caraça, com tutu, arroz de brócolis e cachaça
No próximo dia 27 de julho, quarta-feira, mais uma edição do Clube Gourmet. No Clube Mineiro da Cachaça você acompanha o resgate da tradicional culinária mineira e convive com convidados especiais que preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à arte da boa cozinha, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.
Pedro Henrique da Costa e Silva
Natural de Belo Horizonte, Pedro Henrique é um dos 29 filhos de Enos e Cemy da Costa e Silva e que, no correr do tempo, se fincaram pelas regiões de Santa Bárbara, Viçosa, Caraça, Catas Altas, Ponte Nova, e muitos outros rincões desta nossa Minas Gerais. Pedro Henrique se tornou Chef pelo aprendizado em cozinhas famosas no país, mas, principalmente, por herança de família: foi de sua avó Zulmira, em antiga fazenda colonial, que herdou a habilidade de transformar os alimentos em raros objetos de desejo, como, por exemplo, a arte de colocar o “porco na lata”.
Carne de Lata
Um clássico da culinária mineira inspirada na cultura européia (portuguesa e francesa): o pernil de porco é cozido em fogo lento e conservado na própria gordura. E desta vez, acompanhado do arroz de brócolis e do tutu de feijão, vai estar no ponto para ativar de forma surpreendente o apetite do mais exigente paladar.
Venha fazer parte dessa turma. O prato custa apenas R$ 12,00 e você ainda saboreia, gratuitamente, a cachaça de qualidade. Reserve sua mesa, porque as vagas são limitadas.
Caraça
Trecho da Serra do Espinhaço localizado nos municípios de Catas Altas e Santa Bárbara que dá nome ao antigo colégio Caraça, por onde passaram importantes personalidades da história brasileira. Hoje o Caraça é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que abrange toda a região. Vale a pena conhecer!
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
Aprecie a vida radicalmente, mas beba com moderação!
No próximo dia 27 de julho, quarta-feira, mais uma edição do Clube Gourmet. No Clube Mineiro da Cachaça você acompanha o resgate da tradicional culinária mineira e convive com convidados especiais que preparam sua receita, interagem com os amigos, trocam informações, experiências e dicas ligadas à arte da boa cozinha, sempre em um ambiente charmoso e acolhedor.
Pedro Henrique da Costa e Silva
Natural de Belo Horizonte, Pedro Henrique é um dos 29 filhos de Enos e Cemy da Costa e Silva e que, no correr do tempo, se fincaram pelas regiões de Santa Bárbara, Viçosa, Caraça, Catas Altas, Ponte Nova, e muitos outros rincões desta nossa Minas Gerais. Pedro Henrique se tornou Chef pelo aprendizado em cozinhas famosas no país, mas, principalmente, por herança de família: foi de sua avó Zulmira, em antiga fazenda colonial, que herdou a habilidade de transformar os alimentos em raros objetos de desejo, como, por exemplo, a arte de colocar o “porco na lata”.
Carne de Lata
Um clássico da culinária mineira inspirada na cultura européia (portuguesa e francesa): o pernil de porco é cozido em fogo lento e conservado na própria gordura. E desta vez, acompanhado do arroz de brócolis e do tutu de feijão, vai estar no ponto para ativar de forma surpreendente o apetite do mais exigente paladar.
Venha fazer parte dessa turma. O prato custa apenas R$ 12,00 e você ainda saboreia, gratuitamente, a cachaça de qualidade. Reserve sua mesa, porque as vagas são limitadas.
Caraça
Trecho da Serra do Espinhaço localizado nos municípios de Catas Altas e Santa Bárbara que dá nome ao antigo colégio Caraça, por onde passaram importantes personalidades da história brasileira. Hoje o Caraça é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), que abrange toda a região. Vale a pena conhecer!
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
Aprecie a vida radicalmente, mas beba com moderação!
quinta-feira, 30 de junho de 2011
MinasCachaça 2011
Congresso de Cachaça debate Tecnologia e Sustentabilidade
O I Congresso Mineiro da Cachaça reunirá, em Belo Horizonte/MG, cerca de 200 pesquisadores, professores e demais profissionais do setor para debater, durante dois dias, temas de relevância para a indústria da cachaça.
Marcado para os dias 30 de junho e 0l de julho próximo, o congresso objetiva uma ampla discussão sobre aspectos diversificados e relevantes sobre a cachaça, que vão, do respeito ao meio ambiente e ao trabalhador, à padronização e às boas práticas de fabricação, passando pelo controle de qualidade e pela inserção do produto no mercado internacional.
Dentre os principais eixos temáticos que serão debatidos e discutidos no congresso, menciona-se os seguintes:
. matéria prima, respeito ao meio ambiente, respeito ao trabalhador,
responsabilidade social e benefícios para
o produtor;
. sustentabilidade da cadeia produtiva, padronização, cooperativismo;
. análise sensorial, controle de qualidade, destilação, padronização e boas
práticas de fabricação;
. tributação em todos os níveis e incentivos às indústrias.
As palestras terão temas como:
. A cachaça sob o enfoque do marketing
. Marcadores bioquímicos para cabeça, coração e cauda
. Envelhecimento e retorta de tonéis
. Automação industrial na fabricação de cachaça
. Controle de qualidade
.Contaminante da cachaça
. Mercado externo
. Diferenciação : Cachaça de alambique e de coluna
. Estudos com impacto no desenvolvimento tecnológico da cachaça: resultados
da parceria UFOP-IFNMG
(Salinas)
. Microbiologia da fermentação da cachaça
. Produção, qualidade química e sensorial de cachaça
Paralelamente ao congresso, será realizada a MinasCachaça 2011 – I Feira Nacional de Produtores, Equipamentos, Produtos, Tecnologia e Serviços para a Indústria da Cachaça -, que promoverá a interface entre produtores de cachaça, fabricantes de equipamentos e insumos diversos, disponibilizadores de tecnologia e a cadeia distributiva do atacado e do varejo.
Ambos os eventos são promovidos pela Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ, atendendo a um antigo apelo dos produtores ainda saudosos dos primeiros eventos promovidos pela entidade na Serraria Souza Pinto, um espaço nobre, charmoso e localizado na área central da capital mineira.
O congresso terá dois dias de realização (30 de junho e 0l de julho), com palestras pela manhã e à tarde, feitas por pesquisadores, professores, especialistas e empresários em marketing, engenharia e consultoria.
Já a feira se realizará de 30 de junho a 02 de julho. De 14 às 18 horas, será dedicada apenas a empresários para um contato direto com os produtores, visando a geração de negócios, intercâmbio, parcerias e o conhecimento do que há de mais novo no mercado. Neste horário, só entram pessoas convidadas pelo universo de expositores.
De 18 às 22 horas, a MinasCachaça 2011 será aberta ao público mediante a aquisição de ingressos (valor: R$ 15,00) na bilheteria da Serraria Souza Pinto. Para animar a festa, a partir das 19 horas, haverá música ao vivo, sendo, no dia 30-junho, quinta-feira, o Trio Gandaieira, de forró; no dia 0l-julho, sexta-feira, a banda de samba “Três no Junta”, e, no dia 02, sábado, o conjunto de gafieira “Três por Quatro”.
Promovida pela Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ, a MinasCachaça é organizada pela Central de Eventos e Promoções e tem os seguintes apoios : Associação dos Distribuidores de Bebidas do Estado de São Paulo (Adibe), Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Mercado Central de Belo Horizonte, Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb) e Sistema Ocemg-Sescoop/MG. O patrocínio é da revista Istoé.
O I Congresso Mineiro da Cachaça reunirá, em Belo Horizonte/MG, cerca de 200 pesquisadores, professores e demais profissionais do setor para debater, durante dois dias, temas de relevância para a indústria da cachaça.
Marcado para os dias 30 de junho e 0l de julho próximo, o congresso objetiva uma ampla discussão sobre aspectos diversificados e relevantes sobre a cachaça, que vão, do respeito ao meio ambiente e ao trabalhador, à padronização e às boas práticas de fabricação, passando pelo controle de qualidade e pela inserção do produto no mercado internacional.
Dentre os principais eixos temáticos que serão debatidos e discutidos no congresso, menciona-se os seguintes:
. matéria prima, respeito ao meio ambiente, respeito ao trabalhador,
responsabilidade social e benefícios para
o produtor;
. sustentabilidade da cadeia produtiva, padronização, cooperativismo;
. análise sensorial, controle de qualidade, destilação, padronização e boas
práticas de fabricação;
. tributação em todos os níveis e incentivos às indústrias.
As palestras terão temas como:
. A cachaça sob o enfoque do marketing
. Marcadores bioquímicos para cabeça, coração e cauda
. Envelhecimento e retorta de tonéis
. Automação industrial na fabricação de cachaça
. Controle de qualidade
.Contaminante da cachaça
. Mercado externo
. Diferenciação : Cachaça de alambique e de coluna
. Estudos com impacto no desenvolvimento tecnológico da cachaça: resultados
da parceria UFOP-IFNMG
(Salinas)
. Microbiologia da fermentação da cachaça
. Produção, qualidade química e sensorial de cachaça
Paralelamente ao congresso, será realizada a MinasCachaça 2011 – I Feira Nacional de Produtores, Equipamentos, Produtos, Tecnologia e Serviços para a Indústria da Cachaça -, que promoverá a interface entre produtores de cachaça, fabricantes de equipamentos e insumos diversos, disponibilizadores de tecnologia e a cadeia distributiva do atacado e do varejo.
Ambos os eventos são promovidos pela Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ, atendendo a um antigo apelo dos produtores ainda saudosos dos primeiros eventos promovidos pela entidade na Serraria Souza Pinto, um espaço nobre, charmoso e localizado na área central da capital mineira.
O congresso terá dois dias de realização (30 de junho e 0l de julho), com palestras pela manhã e à tarde, feitas por pesquisadores, professores, especialistas e empresários em marketing, engenharia e consultoria.
Já a feira se realizará de 30 de junho a 02 de julho. De 14 às 18 horas, será dedicada apenas a empresários para um contato direto com os produtores, visando a geração de negócios, intercâmbio, parcerias e o conhecimento do que há de mais novo no mercado. Neste horário, só entram pessoas convidadas pelo universo de expositores.
De 18 às 22 horas, a MinasCachaça 2011 será aberta ao público mediante a aquisição de ingressos (valor: R$ 15,00) na bilheteria da Serraria Souza Pinto. Para animar a festa, a partir das 19 horas, haverá música ao vivo, sendo, no dia 30-junho, quinta-feira, o Trio Gandaieira, de forró; no dia 0l-julho, sexta-feira, a banda de samba “Três no Junta”, e, no dia 02, sábado, o conjunto de gafieira “Três por Quatro”.
Promovida pela Associação Mineira de Produtores de Cachaça de Qualidade - AMPAQ, a MinasCachaça é organizada pela Central de Eventos e Promoções e tem os seguintes apoios : Associação dos Distribuidores de Bebidas do Estado de São Paulo (Adibe), Federação Nacional das Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique (Fenaca), Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Mercado Central de Belo Horizonte, Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas), Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Sindhorb) e Sistema Ocemg-Sescoop/MG. O patrocínio é da revista Istoé.
Bate Papo Destilado
Encontros mensais pela sustentabilidade do bairro Santa Tereza
- Fernanda Pedrosa Lima, arquiteta, urbanista, apresenta dados históricos e culturais sobre o bairro Santa Tereza.
- Rita Margarete, Secretária de Administração Regional Leste.
Você está convidado
Dia 05 de julho – terça-feira – de 19:00 h às 21:00 h.
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
- Fernanda Pedrosa Lima, arquiteta, urbanista, apresenta dados históricos e culturais sobre o bairro Santa Tereza.
- Rita Margarete, Secretária de Administração Regional Leste.
Você está convidado
Dia 05 de julho – terça-feira – de 19:00 h às 21:00 h.
Clube Mineiro da Cachaça
Rua Mármore, 373. Santa Tereza. BH. MG.
Informações e reservas:
(31) 2515-7149 – (31) 3468-3084 - (31) 9102-9405
sábado, 11 de junho de 2011
Verde Viva Santa Tereza
Está prevista para o próximo dia 05 de julho, terça feira, a primeira reunião do fórum ambiental do bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, nas dependências do Clube Mineiro da Cachaça. O fórum, que desenvolve o projeto "Verde Viva Santa Tereza - Destilando Conversa", irá tratar de forma permanente de ações que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida do bairro, particularmente nos aspectos que tratam do desenvolvimento sustentável.
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