terça-feira, 28 de julho de 2009

Tecnólogo na praça

O Instituto Federal de Educação (Ifet) acaba de formar a segunda turma do inédito curso superior de Tecnólogo de Produção de Cachaça, em seu campus na cidade de Salinas, no Norte de Minas.

Brasil é líder em produtividade agropecuária

A produtividade foi a principal responsável pelo crescimento da agropecuária brasileira entre 1975 e 2008. A conclusão é de um estudo divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que também revela que as inovações tecnológicas decorrentes da pesquisa foram o principal fator que contribuiu para a posição de destaque do Brasil na produção de alimentos. O crescimento da eficiência produtiva do Brasil é o maior entre os países que aparecem no estudo.

A taxa de crescimento da produtividade que coloca o Brasil na liderança é de 3,66% ao ano, de acordo com o coordenador de Planejamento Estratégico do Mapa, José Garcia Gasques, um dos autores da pesquisa. Em segundo lugar, fica a China, com crescimento de 3,2%, seguida pela Austrália (2,12%) e Estados Unidos (1,95%).

O melhoramento genético e a introdução de novas cultivares permitiram maior produtividade em lavouras como as de soja, milho, café e cana-de-açúcar. As inovações também foram significativas nas carnes, frutas e hortaliças. Segundo Gasques, o desempenho é resultado dos investimentos na pesquisa agropecuária. A produtividade da cana, por exemplo, passou de 49 para 80 toneladas por hectare no período de dez anos. Em outras lavouras como a do café, houve ganhos em qualidade.

E a cachaça?

Com todo esse avanço já alcançado pelo Brasil na agropecuária, já não é o momento de se trabalhar outros produtos? E a cachaça?

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Minas tem cachaças certificadas

Subiu para 64 o número de cachaçarias mineiras que obtiveram o selo da Certificação da Cachaça Artesanal de Alambique oferecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Outros dez empreendimentos estão em processo de certificação. Minas possui hoje 104 marcas de cachaças certificadas. Até o fim do ano passado, apenas dez produtores tinham o selo e 54 estavam em processo de certificação. A expectativa do IMA é de que, até o fim deste ano, 100 cachaçarias obtenham o selo.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, avaliou que a evolução do processo de certificação demonstra a preocupação do produtor na valorização da sua bebida. "Hoje o produtor entende que a certificação agrega valor e abre as portas para o mercado internacional. É um investimento", explicou.

Para o presidente da Cooperativa Central dos Produtores de Cachaça de Alambique de Minas, Trajano Raul de Lima, a certificação é um comprovante de que a cachaça é realmente artesanal. "O selo atesta que o produto foi realmente produzido de maneira artesanal", ressaltou.

Qualidade

O proprietário da cachaça Terra Forte, Ronaldo Vasconcelos, é um dos produtores mineiros que possuem o selo.
Ele procurou o programa de certificação por perceber a seriedade com que o IMA tem desenvolvido a atividade. "Percebi que a fiscalização e as auditorias são realmente sérias e isso influencia na qualidade do produto. Após obter a certificação, meu produto teve mais aceitação no mercado e o aumento das vendas chegou a 30%", observou.

Vasconcelos seguiu o exemplo do produtor Geraldo Maia da Silva, de Divinópolis, no Centro-Oeste mineiro, que produz a Ferrador, primeira cachaça artesanal de origem orgânica a obter o selo, em 2005. Além de agregar valor ao produto, o programa abriu portas para intensificar a comercialização, inclusive no mercado internacional.

Uma antiga variedade de cana-de-açúcar, adubos orgânicos, aliados à estrutura sólida de uma empresa familiar e o cuidado da produção em pequena escala são alguns dos ingredientes que garantiram o sucesso do produto. A garrafa custa R$ 70, quase três vezes superior ao valor comercializado antes da certificação, e já conta com uma clientela fiel espalhada pelo Brasil e por outros países, como Argentina, China, México, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos.

O programa de certificação do IMA engloba somente produtores de cachaça produzida artesanalmente, com fermento natural e destilada em alambique de cobre.

Minas Gerais é o principal produtor nacional de cachaça artesanal, com quase 50% do total. São 8.466 alambiques e uma produção de cachaça que alcança 230 milhões de litros por ano. A atividade movimenta R$1,3 bilhão só com o mercado interno, gerando cerca de 240 mil empregos.(Fonte: Diário do Cmércio)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

VIII Festival da Cachaça movimenta Salinas

Evento terá palestras, degustações, vendas e shows

Expressão de tradição brasileira e mineira, a cachaça ganha no próximo final de semana atenção especial em Salinas, MG. Trata-se do VIII Festival da Cachaça, que acontecerá entre os próximos dias 17 e 19. A cidade é conhecida em todo o Brasil como um dos polos de produtores de cachaças de alambique de qualidade.

O Festival, contará com 44 expositores, que promovem degustação e venda de suas bebidas, com objetivo expor a cachaça mineira e, consequentemente, movimentar o turismo em Salinas. Para garantir a qualidade do evento e das cachaças apresentadas, o Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Expansão Rural de Minas Gerais), tem desenvolvido junto aos produtores da bebida programas de orientação, que abrangem desde a fase do plantio da cana-de-açúcar, matéria-prima da cachaça, até os meios de comercialização no mercado interno e externo.

Produzida em alambiques por meio da destilação da garapa fermentada da cana-de-açúcar, a cachaça é produzida em Minas Gerais de modo artesanal, o que a torna preferência entre os degustadores. Atualmente, o estado conta com mais de 500 marcas registradas, um importante fator para o giro de capital nas diversas cidades do interior de Minas nas quais é produzida.

As apresentações não se restringem aos dias do Festival. No dia 16, antes da abertura oficial do evento, palestras sobre marketing, ações de venda e sustentabilidade no plantio da cana serão feitas aos produtores, a fim de otimizar não só as vendas, mas também a produção, dando atenção especial às questões ambientais envolvidas no processo.

O Festival ainda contará, no dia 18, com o Roteiro Turístico de Negócios da Cachaça, quando os visitantes terão a oportunidade de conhecer melhor os principais locais onde a bebida é produzida. Ainda no Festival serão realizados, em todas as noites, shows com bandas da região.